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Conheça os principais conceitos e serviços que embasam e contribuem para atingir um alto nível de eficiência energética em seu projeto.

Como as principais formas de geração de energia com reduzido impacto ambiental podem ser incorporadas em seu projeto?

O que são edifícios zero net energia o e como projetá-los?

Quais fatores influenciam o desempenho operacional de edifícios e como considerá-los em seu projeto?

Quais os principais programas existentes e como funcionam os processos de certificação e etiquetagem?

energias renováveis

Fontes de energias renováveis são aquelas que têm a capacidade de se autorregenerar ou reabastecer, não dependendo de uma quantidade finita de recursos naturais. São exemplos de fontes renováveis de energia: solar, eólica, biomassa, biogás, geotérmica, dentre outras. Existem duas escalas principais de unidades geradoras:

1

Grande porte (geração centralizada em usinas)

São conectadas a linhas de transmissão e distribuição para que a energia chegue até o consumidor final;

2

Pequeno porte (geração descentralizada/distribuída)

Podem ser instaladas em edificações, ficando assim mais próximas do consumidor final.

Pequeno porte (geração descentralizada/distribuída)

Podem ser instaladas em edificações, ficando assim mais próximas do consumidor final.

Como obter energia renovável em meu projeto?
O que é geração distribuída?
Como incorporar a geração de energia elétrica em meu projeto?
O que é o Sistema de Compensação de Energia Elétrica?
Quais os arranjos possíveis para a Geração Distribuída e quais modelos de negocio podem ser adotados?
Como obter energia renovável em meu projeto?
O que é geração distribuída?

Existem três conceitos fundamentais no que concerne a utilização local de fontes renováveis de energia:

1

Pode-se aproveitar dos recursos energéticos disponíveis para a geração de eletricidade;
conhecida como Geração Distribuída (GD);

2

Pode-se aproveitar os recursos energéticos por meio de
coletores solares térmicos e trocadores de calor para aquecimento de água, e calor de processo para geração de frio nos sistemas de condicionamento ambiental (no caso da cogeração), por exemplo;

3

Pode-se aproveitar os resíduos orgânicos para geração de biogás e biometano, interessante em empreendimentos com alta geração deste tipo de resíduo, como hotéis e shopping centers.

A geração a partir de fontes renováveis é fundamental para atingir Zero Net Energia em seu projeto, ou seja, uma situação em que o balanço energético anual da edificação seja igual a zero, dado pela geração local de energia igual ou superior ao seu consumo.

A Geração Distribuída (GD) é caracterizada pela geração de energia de forma descentralizada, realizada junta ou próxima aos consumidores de energia, independendo da tecnologia ou da fonte de energia considerada. No Brasil existem duas fontes energéticas regulamentadas para a geração distribuída, com destaque para a energia elétrica:

Energia elétrica

Regulamentada pela Lei Nº 14.300/2022, considerada o marco legal da Micro e Minigeração Distribuída e que institui o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), e pela resolução normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), REN Nº 1.059/2023, que aprimora as regras para a conexão e o faturamento de centrais de microgeração e minigeração distribuída em sistemas de distribuição de energia elétrica;

Biometano

Regulamentada pela Lei Nº 14.300/2022, considerada o marco legal da Micro e Minigeração Distribuída, e pelas resoluções da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), ANP Nº886/2022 e ANP Nº906/2022, que estabelece as diretrizes de controle de qualidade e especificações do gás

Em edificações residenciais e comerciais, a geração mais comum é a de energia elétrica a partir de fonte fotovoltaica ou eólica. O biometano é um subproduto melhorado do biogás, que é produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos, sendo mais adequado para empreendimentos com alta geração deste tipo de resíduos, como hotéis e shopping centers, por exemplo. Em edifícios, a geração mais comum é a de energia elétrica a partir de fonte fotovoltaica ou eólica. O biometano é um subproduto melhorado do biogás, que é produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos, sendo mais adequado para empreendimentos com alta geração deste tipo de resíduos, como hotéis e shopping centers, por exemplo.

Como incorporar a geração de energia elétrica em meu projeto?
O que é o Sistema de Compensação de Energia Elétrica?

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a geração distribuída (GD) de energia elétrica é caracterizada pela instalação de geradores de pequeno porte a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada 1, localizados próximos aos centros de consumo, ou seja, locais onde existe um maior consumo de energia elétrica, como nas cidades e indústrias.

O porte das unidades geradoras é definido de acordo com a tabela abaixo:

As fontes de energia para geração distribuída podem ser renováveis ou não, sendo os exemplos mais comuns:

Tipo

Potência


Microgeração dustribuída

Menor ou igual a 75kW


MINIGERAÇÃO DUSTRIBUÍDA

Fontes despacháveis²: superior a 75kW e menor ou igual a 5MW
Fontes não despacháveis³: superior a 75kW e menor ou igual a 3MW


¹ A cogeração qualificada é um conceito definido pela ANEEL, que estabelece uma eficiência energética total mínima para a geração de energia elétrica e térmica a partir do gás natural.
² Fontes despacháveis: hidrelétricas (incluindo aquelas a fio d’água que possuam viabilidade de controle variável de sua geração de energia); cogeração qualificada; biomassa; biogás; e fontes de geração fotovoltaica com baterias cujos montantes de energia despachada aos consumidores finais apresentam capacidade de modulação de geração através do armazenamento de energia em baterias, em quantidade de, pelo menos, 20% da capacidade de geração mensal da central geradora que podem ser despachados através de um controlador local ou remoto.
³ Fontes não despacháveis: solar fotovoltaica sem armazenamento, e demais fontes não listadas anteriormente.

Renováveis



Não Renováveis


  • Microturbinas e motogeradores a gás natural;
  • Cogeração a gás natural;
  • motores a disel.



Pode-se acompanhar a geração distribuída por unidades consumidoras no site da ANEEL: GERAÇÃO DISTRIBUÍDA POR FONTE.

O processo de ligação de uma unidade com geração distribuída à rede da concessionária de energia elétrica segue o esquema a seguir:

Fonte: CEMIG  hyper link

Mecanismo criado pela ANEEL que incentiva o consumidor brasileiro a gerar sua própria energia elétrica a partir de
fontes renováveis ou cogeração qualificada, fornecendo o excedente para a rede de distribuição e posteriormente
compensada com o consumo de energia elétrica ativa ou contabilizada como crédito de energia de unidades consumidoras
participantes do sistema. Estes sistemas são conhecidos como on-grid, pois são conectados à rede de distribuição
de energia elétrica da concessionária local. Quando o sistema de micro ou minigeração gera mais energia do que é
necessário para abastecer a unidade consumidora (UC), o excedente é injetado na rede de distribuição da concessionária.
Quando este valor injetado for maior do que o consumido a partir da rede, o consumidor ganhará créditos de energia que
serão abatidos do valor final da fatura de eletricidade nos meses subsequentes ou que poderão ser usados em outro posto
tarifário, no caso de consumo com tarifa horária, desde que atendidos pela mesma distribuidora de energia, cujo titular
seja o mesmo, tanto para pessoas físicas como para empresas.

Sistema de compensação de energia elétrica

Fonte: ANEEL – Cadernos temáticos Micro e Minigeração distribuída(2016)

Sistema de compensação de energia

*Os créditos de energia gerados continuam válidos por 60 meses.

Arranjos possíveis para geração distribuída

Autoconsumo local

Fonte: Palestra Maury Garrett, ENIC  hyper link
(Acesso em 26/06/2018)

Autoconsumo local

Unidades consumidoras que possuem seu sistema de geração de energia elétrica no mesmo local do seu consumo. Ou seja, o sistema de geração deste consumidor compartilha do mesmo ponto de conexão de energia da Unidade Consumidora (UC) com a distribuidora. Além disso, nesta modalidade, a única unidade consumidora que receberá os créditos de energia pelo Sistema de Compensação de Energia Elétrica será a unidade no local onde o projeto está instalado, não tendo beneficiárias.

Autoconsumo Remoto

Fonte: Palestra Maury Garrett, ENIC  hyper link
(Acesso em 26/06/2018)

Autoconsumo Remoto

Unidades consumidoras de titularidade de uma mesma pessoa física ou jurídica que possua unidade consumidora com micro e minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras, nas quais a energia excedente poderá gerar créditos pelo Sistema de Compensação de Energia Elétrica, desde que dentro da mesma área de concessão.

geração compartilhada

Fonte: Palestra Maury Garrett, ENIC  hyper link
(Acesso em 26/06/2018)

Geração compartilhada

As cooperativas de geração distribuída se caracterizam pela reunião de no mínimo 20 pessoas físicas, com a possível presença de pessoas jurídicas, com o propósito comum de produzir a própria energia, com possível participação no Sistema de Compensação. É recomendável que seus integrantes passem por uma capacitação, a fim de entender a estrutura e funcionamento do cooperativismo, incluindo seus deveres e direitos enquanto parte dessa associação. Caracterizada pela reunião de consumidores sob a forma de consórcios ou cooperativas (“sociedades”), dentro de uma mesma área de concessão. Os consórcios se definem pelo contrato firmado entre empresas, que pode ser fechado ou aberto, ou seja, com admissão de entrada de novas sociedades, desde que sejam atendidos os requisitos contratuais. O contrato firmado entre as sociedades que compõem um consórcio visa o beneficiamento conjunto e pode ter objetivo de reunir recursos para a contratação de terceiros para execução de serviços, obras ou concessões, bem como a própria reunião de meios para se atingir um fim comum, sendo o consórcio, um modelo regulamentado pela Lei nº 6.404/1976. Eles podem aderir ao Sistema de Compensação, desde que tenham sido criados em conformidade com a Lei nº 11.795/2008, conforme regulação da ANEEL. Por não constituírem uma sociedade propriamente dita, ou seja, pela ausência de uma personalidade jurídica referente ao conjunto de empresas, a administradora será a titular da unidade consumidora onde o sistema de geração estiver instalado e cada membro responde individualmente pelas suas responsabilidades contratuais.
As cooperativas de geração distribuída se caracterizam pela reunião de no mínimo 20 pessoas físicas, podendo haver a presença de pessoas jurídicas, com o propósito comum de produzir a própria energia, com possível participação no Sistema de Compensação. É recomendável que seus integrantes passem por uma capacitação, a fim de entender a estrutura e funcionamento do cooperativismo, incluindo seus deveres e direitos enquanto parte dessa associação.
Além disso, de acordo com a nova Lei 14.300/2022, as unidades de minigeração distribuída acima de 500 kW (quinhentos quilowatts) em fonte não despachável, em que um único titular detenha 25% ou mais da participação do excedente de energia elétrica, o faturamento de energia das unidades participantes do SCEE deve considerar, até 2028, a incidência:
a) de 100% das componentes tarifárias relativas à remuneração dos ativos do serviço de distribuição, à quota de reintegração regulatória (depreciação) dos ativos de distribuição e ao custo de operação e manutenção do serviço de distribuição;
b) de 40% das componentes tarifárias relativas ao uso dos sistemas de transmissão da Rede Básica, ao uso dos transformadores de potência da Rede Básica com tensão inferior a 230 kV e das Demais Instalações de Transmissão (DIT) compartilhadas, ao uso dos sistemas de distribuição de outras distribuidoras e à conexão às instalações de transmissão ou de distribuição;
c) de 100% dos encargos Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Eficiência Energética (EE) e Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE).

Multiplas unidades consumidoras

Fonte: Palestra Maury Garrett, ENIC  hyper link
(Acesso em 26/06/2018)

Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras (condomínios)

Geração de energia por meio da instalação de equipamentos em áreas comuns (coberturas de edifícios compartilhados) em condomínios verticais ou horizontais, sejam eles de uso residencial ou comercial. Os consumidores precisam estar em uma área de mesma concessão, e a energia compartilhada, bem como os possíveis créditos gerados pelo Sistema de Compensação de Energia Elétrica, são compartilhados conforme os acordos feitos entre os participantes, a partir, por exemplo, do investimento de cada um. No entanto, a titula ridade das unidades consumidoras participantes da Lista de UCs pode ser de distintos CPFs e/ou CNPJs, participantes do condomínio

Regulamentação geração distribuída

Fonte: SOLARBRAS
(Acesso em 26/06/2018)

Quais os modelos de negócio podem ser adotados?

Modelo com Recursos Próprios

O investimento em equipamentos e instalação parte dos próprios consumidores e, consequentemente, o retorno de capital se dá pela compensação de gastos energéticos a partir da produção de energia. Os contratos de operação e manutenção também ficam a cargo dos consumidores (administradoras de edifícios de escritório, condôminos em um conjunto residencial etc.).

Modelo com Financiamento Externo

Quando não há disponibilidade de financiamento pelos próprios consumidores, há a possibilidade de busca de capital externo. Uma instituição financeira pode fornecer os recursos para a instalação, e os consumidores são responsáveis pela contratação de serviços, de implementação, além de arcarem com os custos operacionais e de manutenção. Os recursos podem retornar à instituição financeira, após início da operação do sistema.

Modelo com locação

Os consumidores são responsáveis pelo aluguel de equipamentos, e são responsáveis por arcar com a operação, principalmente através do fluxo de capital criado pela geração de energia. Por outro lado, os locadores dos equipamentos são responsáveis pela manutenção e assistência técnica da instalação.

É importante lembrar que contratos de locação não podem ter seus valores atrelados ao valor da energia produzida, como por exemplo, em R$/kWh.

Modelo BOT (Build, Operate and Transfer)

O fornecedor é responsável pela construção, operação e financiamento da instalação prevista pelo contratante (consumidor). O contrato, por sua vez, determina um valor de tarifa a ser cobrado dos consumidores durante um período pré-determinado, de forma a possibilitar a obtenção de lucro e retorno financeiro satisfatório à empresa contratada, a qual, após encerramento deste período, transfere as instalações para os contratantes. Em contrapartida, estes últimos, tem a vantagem de financiar a construção, operação e manutenção do sistema, sob custos mais facilmente negociáveis, assim como podem obter valores tarifários menores do que os praticados pela concessionária.

Modelo PPA (Power Purchase Agreement)

É feito um contrato a longo prazo com um fornecedor responsável pela construção, operação e financiamento da instalação negociada, arcando com os custos de investimentos. Em contrapartida, é feito um acordo com o consumidor, para que este consuma a energia gerada sob um valor pré-determinado, o qual deve ser mais baixo do que a tarifa praticada pela distribuidora de energia elétrica. A empresa que presta o serviço, por outro lado, obtém retorno do capital investido, por meio da cobrança tarifária.

E quando faltar energia elétrica?
É possível gerar energia elétrica e destiná-la a um sistema específico, como o de iluminação?
O que são Certificados de Energia Renovável?
O que é geração off-grid?
Quando é viável incluir energia renovável em meu projeto?
Quais os arranjos possíveis para a Geração Distribuída e quais modelos de negocio podem ser adotados?
E quando faltar energia elétrica?

Para sistemas off-grid, sua independência da rede elétrica principal significa que não estão sujeitos a interrupções na rede. No entanto, é importante ter em mente que a disponibilidade de energia nesses sistemas depende da capacidade de armazenamento das baterias ou de outras fontes de energia auxiliares, como geradores, quando a geração renovável não está ativa.

Se o sistema for on-grid, não haverá energia disponível quando faltar energia elétrica da rede da concessionária. Seu inversor possui um sistema chamado de anti-ilhamento, que é responsável por cessar o fornecimento de energia para a rede em caso de falha, evitando assim acidentes no processo de manutenção e reparo da rede de distribuição, e protegendo seu sistema de geração de surtos externos.

Entretanto, se o sistema on-grid contemplar um backup de baterias, ou seja, um no-break, seu empreendimento terá energia enquanto o banco de baterias estiver carregado. Normalmente estes sistemas de no-break são projetados para suportar a carga do edifício por poucas horas, apenas nos períodos de falha da rede de distribuição. Alternativamente, muitos edifícios contam com geradores a diesel ou a gás natural para suprirem a carga durante as falhas da rede. Ambos os sistemas, quando conectados a sistemas de geração on-grid, devem ser instalados antes do inversor e do medidor bidirecional de energia, de modo que atuem deforma independente na rede nos momentos de falha.

Renovaveis on-grid bateria

Arranjos possíveis para geração distribuída

Autoconsumo local

Fonte: Palestra Maury Garrett, ENIC  hyper link
(Acesso em 26/06/2018)

Autoconsumo local

Unidades consumidoras que possuem seu sistema de geração de energia elétrica no mesmo local do seu consumo. Ou seja, o sistema de geração deste consumidor compartilha do mesmo ponto de conexão de energia da Unidade Consumidora (UC) com a distribuidora. Além disso, nesta modalidade, a única unidade consumidora que receberá os créditos de energia pelo Sistema de Compensação de Energia Elétrica será a unidade no local onde o projeto está instalado, não tendo beneficiárias.

Autoconsumo Remoto

Fonte: Palestra Maury Garrett, ENIC  hyper link
(Acesso em 26/06/2018)

Autoconsumo Remoto

Unidades consumidoras de titularidade de uma mesma pessoa física ou jurídica que possua unidade consumidora com micro e minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras, nas quais a energia excedente poderá gerar créditos pelo Sistema de Compensação de Energia Elétrica, desde que dentro da mesma área de concessão.

geração compartilhada

Fonte: Palestra Maury Garrett, ENIC  hyper link
(Acesso em 26/06/2018)

Geração compartilhada

As cooperativas de geração distribuída se caracterizam pela reunião de no mínimo 20 pessoas físicas, com a possível presença de pessoas jurídicas, com o propósito comum de produzir a própria energia, com possível participação no Sistema de Compensação. É recomendável que seus integrantes passem por uma capacitação, a fim de entender a estrutura e funcionamento do cooperativismo, incluindo seus deveres e direitos enquanto parte dessa associação. Caracterizada pela reunião de consumidores sob a forma de consórcios ou cooperativas (“sociedades”), dentro de uma mesma área de concessão. Os consórcios se definem pelo contrato firmado entre empresas, que pode ser fechado ou aberto, ou seja, com admissão de entrada de novas sociedades, desde que sejam atendidos os requisitos contratuais. O contrato firmado entre as sociedades que compõem um consórcio visa o beneficiamento conjunto e pode ter objetivo de reunir recursos para a contratação de terceiros para execução de serviços, obras ou concessões, bem como a própria reunião de meios para se atingir um fim comum, sendo o consórcio, um modelo regulamentado pela Lei nº 6.404/1976. Eles podem aderir ao Sistema de Compensação, desde que tenham sido criados em conformidade com a Lei nº 11.795/2008, conforme regulação da ANEEL. Por não constituírem uma sociedade propriamente dita, ou seja, pela ausência de uma personalidade jurídica referente ao conjunto de empresas, a administradora será a titular da unidade consumidora onde o sistema de geração estiver instalado e cada membro responde individualmente pelas suas responsabilidades contratuais.
As cooperativas de geração distribuída se caracterizam pela reunião de no mínimo 20 pessoas físicas, podendo haver a presença de pessoas jurídicas, com o propósito comum de produzir a própria energia, com possível participação no Sistema de Compensação. É recomendável que seus integrantes passem por uma capacitação, a fim de entender a estrutura e funcionamento do cooperativismo, incluindo seus deveres e direitos enquanto parte dessa associação.
Além disso, de acordo com a nova Lei 14.300/2022, as unidades de minigeração distribuída acima de 500 kW (quinhentos quilowatts) em fonte não despachável, em que um único titular detenha 25% ou mais da participação do excedente de energia elétrica, o faturamento de energia das unidades participantes do SCEE deve considerar, até 2028, a incidência:
a) de 100% das componentes tarifárias relativas à remuneração dos ativos do serviço de distribuição, à quota de reintegração regulatória (depreciação) dos ativos de distribuição e ao custo de operação e manutenção do serviço de distribuição;
b) de 40% das componentes tarifárias relativas ao uso dos sistemas de transmissão da Rede Básica, ao uso dos transformadores de potência da Rede Básica com tensão inferior a 230 kV e das Demais Instalações de Transmissão (DIT) compartilhadas, ao uso dos sistemas de distribuição de outras distribuidoras e à conexão às instalações de transmissão ou de distribuição;
c) de 100% dos encargos Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Eficiência Energética (EE) e Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE).

Multiplas unidades consumidoras

Fonte: Palestra Maury Garrett, ENIC  hyper link
(Acesso em 26/06/2018)

Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras (condomínios)

Geração de energia por meio da instalação de equipamentos em áreas comuns (coberturas de edifícios compartilhados) em condomínios verticais ou horizontais, sejam eles de uso residencial ou comercial. Os consumidores precisam estar em uma área de mesma concessão, e a energia compartilhada, bem como os possíveis créditos gerados pelo Sistema de Compensação de Energia Elétrica, são compartilhados conforme os acordos feitos entre os participantes, a partir, por exemplo, do investimento de cada um. No entanto, a titula ridade das unidades consumidoras participantes da Lista de UCs pode ser de distintos CPFs e/ou CNPJs, participantes do condomínio

Regulamentação geração distribuída

Fonte: SOLARBRAS
(Acesso em 26/06/2018)

Quais os modelos de negócio podem ser adotados?

Modelo com Recursos Próprios

O investimento em equipamentos e instalação parte dos próprios consumidores e, consequentemente, o retorno de capital se dá pela compensação de gastos energéticos a partir da produção de energia. Os contratos de operação e manutenção também ficam a cargo dos consumidores (administradoras de edifícios de escritório, condôminos em um conjunto residencial etc.).

Modelo com Financiamento Externo

Quando não há disponibilidade de financiamento pelos próprios consumidores, há a possibilidade de busca de capital externo. Uma instituição financeira pode fornecer os recursos para a instalação, e os consumidores são responsáveis pela contratação de serviços, de implementação, além de arcarem com os custos operacionais e de manutenção. Os recursos podem retornar à instituição financeira, após início da operação do sistema.

Modelo com locação

Os consumidores são responsáveis pelo aluguel de equipamentos, e são responsáveis por arcar com a operação, principalmente através do fluxo de capital criado pela geração de energia. Por outro lado, os locadores dos equipamentos são responsáveis pela manutenção e assistência técnica da instalação.

É importante lembrar que contratos de locação não podem ter seus valores atrelados ao valor da energia produzida, como por exemplo, em R$/kWh.

Modelo BOT (Build, Operate and Transfer)

O fornecedor é responsável pela construção, operação e financiamento da instalação prevista pelo contratante (consumidor). O contrato, por sua vez, determina um valor de tarifa a ser cobrado dos consumidores durante um período pré-determinado, de forma a possibilitar a obtenção de lucro e retorno financeiro satisfatório à empresa contratada, a qual, após encerramento deste período, transfere as instalações para os contratantes. Em contrapartida, estes últimos, tem a vantagem de financiar a construção, operação e manutenção do sistema, sob custos mais facilmente negociáveis, assim como podem obter valores tarifários menores do que os praticados pela concessionária.

Modelo PPA (Power Purchase Agreement)

É feito um contrato a longo prazo com um fornecedor responsável pela construção, operação e financiamento da instalação negociada, arcando com os custos de investimentos. Em contrapartida, é feito um acordo com o consumidor, para que este consuma a energia gerada sob um valor pré-determinado, o qual deve ser mais baixo do que a tarifa praticada pela distribuidora de energia elétrica. A empresa que presta o serviço, por outro lado, obtém retorno do capital investido, por meio da cobrança tarifária.

É possível gerar energia elétrica e destiná-la a um sistema específico, como o de iluminação?
O que são Certificados de Energia Renovável?

Em um sistema on-grid, a resposta é não. Nesse tipo de sistema, toda a energia gerada passa pelo medidor de consumo de energia da concessionária, que deve ser bidirecional para registrar tanto a energia recebida quanto a energia entregue à rede. A energia é direcionada para o quadro de distribuição geral da edificação. Nesse cenário, não há diferenciação em relação a qual sistema específico será alimentado pela energia gerada, pois ela é distribuída por meio do quadro de distribuição principal da edificação.

Por outro lado, em um sistema off-grid, a resposta é sim. Esse tipo de sistema pode ser dimensionado e utilizado para atender a uma necessidade específica, sendo completamente independente da rede de distribuição da concessionária. Um exemplo disso ocorre em algumas rodovias, onde módulos fotovoltaicos estão diretamente conectados à iluminação e aos sistemas de monitoramento, fornecendo energia exclusivamente para essas aplicações específicas.

Poste de iluminação com módulos fotovoltaicos

Fonte: SUNVIENERGY  hyper link
(Acesso em 26/06/2018)

Poste de capitação de energia solar

Cada REC, que é a sigla em inglês para Certificado de Energia Renovável (Renewable Energy Certificate), representa 1 MWh de energia renovável gerada e inserida no sistema elétrico durante um período específico. A aquisição de RECs é uma alternativa para empreendimentos
que não possuem a capacidade técnica para gerar localmente energia elétrica renovável, mas desejam compensar todo o consumo de eletricidade em suas instalações com geração renovável. Isso é especialmente relevante para edifícios de Zero Net Energia, por exemplo.

Além disso, os RECs podem ser adquiridos para cumprir requisitos, como o Guia de Relato de Energia do Escopo 2 do Protocolo GHG, entre outros propósitos. Nesse contexto, os RECs são aceitáveis para relatórios que seguem a abordagem de escolha de compra, desde que sejam acompanhados de autodeclarações que confirmem a conformidade com todos os critérios de qualidade estabelecidos pelo Programa Brasileiro GHG PROTOCOL.

Qualquer usina de geração de energia proveniente de fontes renováveis pode ser registrada para emitir RECs, desde que cumpra com as normativas nacionais e internacionais, como a instalação e operação legal, conexão à rede nacional de distribuição de energia elétrica e a produção de energia a partir de fontes renováveis. Para obter informações adicionais, você pode consultar o REC Brazil.

O que é geração off-grid?
Quando é viável incluir energia renovável em meu projeto?

São sistemas caracterizados por não estarem conectados à rede de distribuição de energia elétrica da concessionária local.
Estes sistemas podem ser empregados em diferentes situações:

  • Em locais onde não há linhas de distribuição de energia elétrica da concessionária local;
  • Quando não há viabilidade técnica para geração on-grid, ou seja, para a instalação de sistemas conectados à rede de distribuição da concessionária local;
  • Quando não há viabilidade financeira para geração on-grid, sendo mais econômico instalar um sistema isolado do que conectado à rede, e;
  • Por opção do dono do empreendimento, quando se deseja que o sistema de geração seja para suprir exclusivamente a demanda de um sistema, como iluminação, por exemplo

Nestes sistemas, toda a demanda de energia elétrica será suprida pelo próprio sistema de geração, de forma que é necessário armazenar energia nos períodos em que a geração é superior ao consumo para que suprir os períodos em que o consumo é maior que a geração.

Os componentes dos sistemas de geração off-grid incluem, além do gerador e do inversor, uma bateria e seus sistemas auxiliares, que costumam aumentar de forma significativa o custo do investimento.

Se o empreendimento é off-grid, toda energia elétrica utilizada é produzida por ele mesmo, o que gera boas chances de atingir Zero Net Energia.
Mais informações aqui.

Fonte: hyper link

Sistema On-grid

Vários fatores influenciam a viabilidade econômica da geração distribuída. São eles:

  • Custo dos equipamentos geradores
  • Tarifa de energia (elétrica e gás natural, quando aplicável);
  • Escala da geração (quanto maior o sistema, menor o custo da energia gerada);
  • Complexidade do sistema e adaptação ao projeto, no caso de retrofits;
  • Impostos incidentes sobre a energia excedente;
  • Opções de financiamento disponíveis;
  • Custos de operação e manutenção do sistema gerador; e
  • Vida útil do sistema gerador.

Normalmente os fatores mais relevantes são a tarifa de energia e as opções de financiamento disponíveis. Para mais informações sobre financiamento veja Aqui. O tempo comum de payback de um sistema fotovoltaico no Estado de São Paulo, por exemplo, varia de 5 a 7 anos. Deve-se destacar que a porcentagem de energia gerada versus o consumo total do edifício não afeta a sua viabilidade econômica, a não ser empreendimentos que busquem gerar toda energia que consomem, como é o caso de edifícios Zero Net Energia.

Mais informações sobre o assunto estão disponíveis no site América do Sol.

Informações específicas

Informações específicas

Conheça quais são os benefícios, qual o seu papel e informações adicionais de acordo com seu perfil.

Incorporadora e construtora
Projetista
Fornecedores
Facilities
Usuário da edificação
Incorporadora e construtora
Projetista

INCORPORADORA

Quais os principais benefícios?

  • Menor impacto ambiental na construção, e menor custo operacional;
  • Maior valor de venda, menor taxa de desocupação;
  • Acesso às linhas de financiamento a partir da obtenção de determinadas certificações.

O que você deveria saber?

  • A escolha de qual certificação seguir depende das aspirações do cliente, não há certificações “melhores” que outras;
  • Pode ter necessidade de contratar serviços adicionais, como acompanhamento do processo, simulação energética etc.

Qual o seu papel?

  • Escolher qual certificação e nível de atendimento
    desejado (incluindo se vai tirar a certificação em si ou não);
  • Contratar alguém para acompanhar o processo (pode ser alguém da equipe de projeto, ou um consultor especializado).

CONSTRUTORA

Quais os principais benefícios?

  • Diretrizes a seguir na obra, visando redução de impacto ambiental e custo operacional;
  • Oportunidade de se diferenciar no mercado se for conhecer o processo;
  • Acesso às linhas de financiamento a partir da obtenção de determinadas certificações.

O que você deveria saber?

  • Haverá necessidade de fornecer comprovantes de atendimento às diretrizes, cobrando dos fornecedores informações adicionais sobre os materiais ou equipamentos.

Qual o seu papel?

  • Executar a obra conforme as diretrizes demandadas para cada critério requisito;
  • Fornecer a documentação requisitada para cada critério.

Quais os principais benefícios?

  • Diretrizes a seguir visando redução de impacto ambiental e custo operacional;
  • Oportunidade de se diferenciar no mercado se for conhecer o processor.

O que você deveria saber?

  • Haverá necessidade de fornecer comprovantes de atendimento às diretrizes, cobrando dos fornecedores informações adicionais sobre os materiais ou equipamentos.

Qual o seu papel?

  • Executar os projetos conforme as diretrizes demandadas para cada critério requisitado;
  • Fornecer a documentação requisitada por cada critério;
  • Envolver o usuário final e equipe de facilities na fase de projeto para garantir que a edificação será operada conforme previsto no projeto.
Fornecedores
Facilities

Quais os principais benefícios?

  • Oportunidade de se diferenciar no mercado fabricando materiais e/ou equipamentos que poderão ser usados em obras com certificação, e fornecendo as informações técnicas de forma que possam ser aprovadas facilmente no projeto.

O que você deveria saber?

  • Os projetistas e construtoras terão necessidade de submeter evidência que os materiais e equipamentos atendam certos requisitos para poder especifica-los no projeto. É a responsabilidade do fornecedor de providenciar essas informações técnicas.

Qual o seu papel?

  • Providenciar as especificações técnicas requisitadas pelo projetista e/ou construtor.

Quais os principais benefícios?

  • Redução de consumo energético operacional.

O que você deveria saber?

  • Para certificação de edificações novas, haverá diretrizes para operação e manutenção da edificação que deverão ser seguidas;
  • Para certificação de desempenho operacional, haverá necessidade de fornecer dados de consumo real da edificação, e haverá necessidade de participar do processo para implementação.

Qual o seu papel?

  • Operar a edificação conforme previsto em projeto. Maior sucesso é atingido quando a equipe de facilities, ou operador da edificação, está incluso na fase de projeto.
Usuário da edificação

Quais os principais benefícios?

  • Redução de custo operacional em energia e em água;
  • Pode proporcionar melhor conforto térmico, qualidade interna ambiental, e maior facilidade de uso e operação;
  • Acesso às linhas de financiamento a partir da obtenção de determinadas certificações.

O que você deveria saber?

  • Alguns dos critérios visam a melhoria da qualidade da edificação para o usuário, em termos de conforto e de usabilidade. Porém, para garantir isso o usuário deverá usar a edificação conforme previsto pela equipe de projeto.

Qual o seu papel?

  • Operar a edificação conforme previsto em projeto. Maior sucesso é atingido quando o usuário final está incluso na fase de projeto.

Edifícios Zero Net Energia

Edifícios Zero Net Energia são aqueles em que o balanço energético anual é zerado através de uma combinação de estratégias de alta eficiência energética e geração local de energia renovável, ou seja, são edifícios que produzem localmente tanta energia renovável quanto consomem ao longo de um ano. Também são muito conhecidos por seu nome em inglês, Net Zero Energy Buildings (NZEB).

Conceito net zero

Como atingir Zero Energia?

Dois princípios fundamentais devem ser seguidos para que o edifício seja considerado de zero energia:

1

Eficiência energética

Quanto mais eficientes forem os sistemas prediais e as estratégias operacionais, menor poderá ser o sistema de geração de energia, reduzindo assim os custos iniciais, operacionais, e o tempo de retorno do investimento. A operação eficiente é tão importante quanto o projeto integrado, simulação energética e comissionamento de sistemas – as certificações de NZEBs são normalmente concedidas apenas após 1 ano de operação do edifício.

2

Geração de energia renovável

A geração local de energia elétrica permite reduzir drasticamente os custos operacionais ao longo da vida útil do edifício, além de ser um diferencial competitivo e indicativo de sustentabilidade no mais alto nível. Pode também ser considerada a geração de energia renovável em outro terreno, fora da área do empreendimento (geração offsite), ou a compra de créditos de energia renovável.

Existem diferentes critérios utilizados em certificações de Zero Net Energia ao redor do mundo, que discorrem principalmente sobre o nível mínimo de eficiência energética, o percentual máximo de geração offsite e de compra de créditos de energia renovável. Confira os critérios estabelecidos pela certificação Zero Energy do GBC Brasil.

Estratégias para atingir zero net energia

Qual o potencial do meu empreendimento Zero Net Energia?

O número de andares, as cargas de equipamentos, o uso e a localização geográfica são fatores críticos no desenvolvimento de edifícios Zero Net Energia. De maneira geral, no Brasil, quanto maior a área de cobertura em relação ao número de andares (considerando geração fotovoltaica), e quanto menos energia as atividades realizadas consumirem, maior a chance de um edifício ser de zero energia.

Tipologias mais favoráveis
a serem Zero Net Energia

Varejo ou Galpões

Varejo ou
Galpões

Escolas

Escolas

Edificações residenciais unifamiliares

Edificações
residenciais
unifamiliares

Pequenos escritórios

Pequenos
escritórios

Condomínios residenciais horizontais

Condomínios
residenciais
horizontais

Informações específicas

Conheça quais são os benefícios, qual o seu papel e informações adicionais de acordo com seu perfil.

Incorporadora e construtora
Projetista
Fornecedores
Facilities
Usuário da edificação
Incorporadora e construtora
Projetista

Quais os principais benefícios?

  • Aumento da percepção de valor do imóvel;
  • Maior atratividade aos clientes;
  • Diversificação e contribuição à matriz energética brasileira;
  • Oportunidade de se destacar no mercado da construção civil.

O que você deve saber?

  • A avaliação da inclusão de estratégias de eficiência energética no projeto pode contribuir para reduzir o dimensionamento do sistema de geração;
  • Para a escolha da melhor fonte energética para seu
    empreendimento, deve-se realizar um estudo de viabilidade comparativo.
  • Pode haver a necessidade de contratar serviços adicionais de dimensionamento, instalação e regularização do sistema de geração.

Qual o seu papel?

  • Contratar empresas especializadas para a escolha da fonte geradora, dimensionar, instalar e orientar a operação do sistema de geração.

Quais os principais benefícios?

  • Oportunidade de se diferenciar no mercado ao conhecer as
    diferentes formas de geração de energia em edificações.

O que você deve saber?

  • A avaliação da inclusão de estratégias de eficiência energética no projeto pode contribuir para reduzir o dimensionamento do sistema de geração..
  • Muitas vezes o posicionamento geográfico do edifício deve ser adaptado de forma a melhor aproveitar os recursos energéticos renováveis.
  • É importante considerar as principais legislações, normas técnicas, e normas específicas de cada concessionária para o projeto que contemple geração distribuída.

Qual o seu papel?

  • Projetar garantindo a máxima eficiência da edificação e o máximo aproveitamento dos recursos energéticos a serem explorados.
Fornecedores
Facilities

Quais os principais benefícios?

  • Aumento do mercado de equipamentos de micro e minigeração, como painéis fotovoltaicos, mini aerogeradores, etc.
  • Oportunidade de posicionamento e liderança no mercado de energias renováveis em edificações.

O que você deve saber?

  • Os projetistas e construtores necessitarão de apoio técnico e capacitação para operar o sistema de geração renovável fornecido.

Qual o seu papel?

  • Dimensionar, instalar e comissionar o sistema de geração renovável fornecido.

Quais os principais benefícios?

  • Maior atratividade aos clientes;
  • Redução de custos operacionais com energia.

O que você deve saber?

  • O sistema de geração renovável requer procedimentos especiais de operação e manutenção, que devem ser seguidos para garantir seu funcionamento.

Qual o seu papel?

  • Garantir a correta operação e manutenção dos geradores.
Usuário da edificação

Quais os principais benefícios?

  • Redução de custos operacionais com energia;
  • Usufruir de uma edificação com baixo impacto energético e alinhado a sustentabilidade.

O que você deve saber?

  • O sistema de geração renovável requer procedimentos especiais de operação e manutenção, que devem ser seguidos para garantir seu funcionamento.

Qual o seu papel?

  • Consumir a energia produzida de maneira consciente, e ficar atento aos procedimentos de operação do gerador que requerem atenção dos usuários.

Impacto do Projeto no uso, operação, manutenção e retrofits.

Para entender o potencial de eficiência energética no uso, operação e manutenção, é fundamental entender os conceitos de potência instalada, demanda, consumo de energia e eficiência energética.

Escolha o seu tipo de perfil

Energia, potência e eficiência energética
Energia e edifícios, qual a relação?
Qual a participação de cada fase nos custos de energia?
Como se gasta energia na operação de um edifício?
Quais fatores influenciam a eficiência operacional de um edifício?
Energia, potência e eficiência energética
Energia e edifícios, qual a relação?

Para entender o potencial de eficiência energética no uso, operação e manutenção do edifício, é fundamental entender os conceitos de potência instalada, demanda, consumo de energia e eficiência energética.

Sistema hipotético: definições

Grafico de sistema hipotetico

A potência é a velocidade na qual a energia é produzida ou consumida. É própria dos sistemas, processos ou equipamentos, portanto pode se falar, por exemplo, de uma lâmpada de 15W, um chuveiro de 5kW, uma turbina a gás de 20 MW, um painel fotovoltaico de 250W.
A demanda de energia, é a potência média num intervalo de tempo. Nos contratos de distribuição, por exemplo, podemos definir uma demanda contratada de energia elétrica, de maneira que quem consume e quem gera a energia saibam qual a ordem de grandeza da potência máxima que será demandada da rede. O gráfico a seguir ilustra a demanda de um sistema a cada 15 minutos, a demanda contratada (máxima) e a demanda média.

Grafico de demanda media

A energia propriamente dita, é a potência gerada ou consumida num intervalo de tempo e para um fim específico. Fala-se de potência se referindo a todas as formas e transformações, como por exemplo força mecânica, iluminação, transferência de calor, seja para aquecimento ou para resfriamento, entre outros.

Por exemplo, um motor elétrico de 1 kW de potência funcionando durante dez horas consome a mesma energia que um motor de 10 kW durante uma hora: 10 kWh, mas permitem obter efeitos muito diferentes. Podemos entender a energia como a área embaixo de uma curva de potência, isto é, um somatório ou integral.

Grafico de consumo de energia

Por fim, a eficiência energética relaciona a energia útil empregada nas aplicações desejadas e o consumo total para suprir essa demanda. Voltando para a primeira figura, podemos imaginar a eficiência como a relação entre a largura da seta amarela e a seta verde, sendo que se descontam as perdas e desperdícios envolvidos.

Não existem na natureza processos 100% eficientes, porém existem sempre possibilidades de melhorar a eficiência até um patamar prático no âmbito técnico e econômico.

A melhoria de eficiência energética é reconhecida como uma das formas mais baratas de reduzir os custos operativos, as emissões de gases de efeito estufa, a competitividade e com amplas possibilidades em todos os setores, incluído o da construção civil.

Se pararmos para pensar, nos edifícios se consome energia em todo o seu ciclo de vida, isto é, desde a produção das matérias primas, construção, passando pelo uso, operação, manutenção e retrofit, até sua demolição.

Os materiais utilizados na construção civil e na fabricação dos sistemas prediais, passam por um longo ciclo de extração, manufatura e transporte até o local da construção. Ferro, aço, alumínio, cobre, cimento, vidro, cerâmicos, são todos materiais energo-intensivos na sua fabricação. Existem importantes possibilidades de melhoria de eficiência energética nesta fase sendo exploradas pelas indústrias por serem custo-efetivas e contribuir com redução de custos.

Durante a construção, é bem sabido que a otimização da logística de transportes, uso de recursos, energia elétrica e combustíveis tem relação direta com os custos e a pegada de carbono do empreendimento, portanto é recomendável investir tempo e esforços no planejamento.

Uma vez construído o edifício, passa fazer parte da matriz de consumidores de energia e utilidades. No Brasil, os setores residencial, comercial e público (em sua grande maioria edificações), consomem aproximadamente 16% da energia total* do pais, e 51% da eletricidade** (EPE, 2017).

A última fase, talvez a menos considerada, é o fim de uso. Desde o projeto, pode ser seguida uma abordagem que vise a durabilidade, o reaproveitamento de materiais e minimize o impacto da disposição de equipamentos e sistemas no fim da vida útil dos edifícios.

*Energia total em edifícios compreende principalmente: eletricidade, gás natural, lenha e carvão vegetal.
**Eletricidade disponível no Sistema Interconectado Nacional, pelas concessionárias públicas, privadas ou por autoprodutores em geração distribuída.

Qual a participação de cada fase nos custos de energia?
Como se gasta energia na operação de um edifício?

Alguns estudos que abrangem edifícios residenciais e comerciais em climas frios, tem demonstrado que o custo de energia operacional corresponde a uma faixa entre 80% e 90% do custo de energia do ciclo de vida completo, enquanto os custos de energia embutidos nas fases de construção, manutenção e demolição correspondem aos 10% a 20% restantes (Ramesh, Prakash, & Shukla, 2010).

No entanto, essa distribuição de custos é diversa, principalmente em função da localização, clima, função, tamanho e materiais do edifício.
Uma abordagem útil para estudar e interpretar o impacto de cada fase é a Analise de Ciclo de Vida (Abd Rashid & Yusoff, 2015).

Limites de sistemas/fases utilizados em Análise de Ciclo de Vida: Berço a Túmulo (Cradle to grave).

Concepção,
viabilidade e projeto

  • Aquisição de matérias primas;
  • Manufatura;
  • Transporte ao local da obra.

Construção e
entrega de obra

  • Consumo de energia durante a construção (transporte e operação de maquinas e ferramentas)

Uso, operação e manutenção

  • Energia operacional;
  • Energia da manutenção e substituição.

Fim de vida

  • Demolição;
  • Potencial de reciclagem;
  • Disposição de resíduos;
  • Re-uso.;

Embora as fases não operacionais contribuam em menor porcentagem com os custos de energia totais, é no projeto e construção que se define e consolida a eficiência energética nominal do edifício, ou seja, as perdas inerentes aos sistemas. Um edifício com sistema de ar condicionado mal dimensionado, por exemplo, irá perder energia durante toda sua operação.

Além das perdas inerentes, no dia-a-dia apresentam-se desperdícios por diferentes causas, dentre as quais uma das mais importantes é a programação da operação dos equipamentos.

Quando falamos de energia operacional, nos referimos à quantidade de energia elétrica, combustíveis ou fontes alternativas consumidos num período, para acionamento de todos os sistemas prediais, necessários para atender as demandas ou necessidades dos edifícios em termos de conforto térmico, lumínico e operações do dia-a-dia.

Em edifícios multi-usuário, a energia operacional de cada usuário corresponde à parcela que ele usa e que neste caso pode ser medida por utilidade, sendo por exemplo, Toneladas de refrigeração que uma central de água gelada entrega para condicionamento de alguns andares, quilowatts-hora de energia elétrica para acionamento de equipamentos, etc.

Entre os sistemas prediais pode-se pensar em refrigeração, ar condicionado, aquecimento de água, iluminação interna e externa, Data-Centers, elevadores, cozinhas e cargas de tomada, principalmente.

Este Guia interativo resume os conceitos e tecnologias disponíveis para otimizar o consumo de energia operacional e, em consequência, os custos associados a ele.

Breakdown do consumo de energia em edificações

Fonte: CBS, com dados da ELETROBRAS (2007)

grafico de breakdown

Quais fatores influenciam a eficiência operacional de um edifício?
O que é um edifício “eficiente”?

O consumo de energia operacional em edifícios depende significativamente do nível de conforto desejado, as condições climáticas, a configuração e o uso dos sistemas.

Além disso, devido ao consumo de energia ser uma função direta tanto da potência quanto do tempo, práticas de projeto e de operação são igualmente importantes para reduzir os custos relacionados à compra ou geração de energia.

Parâmetros de desempenho energético

Fonte: Mitsidi

grafico de parametros desempenho energetico

O consumo de energia operacional em edifícios depende significativamente do nível de conforto desejado, as condições climáticas, a configuração e o uso dos sistemas.

Além disso, devido ao consumo de energia ser uma função direta tanto da potência quanto do tempo, práticas de projeto e de operação são igualmente importantes para reduzir os custos relacionados à compra ou geração de energia.

O que é um edifício “eficiente”?
Como o usuário impacta na operação de edifícios eficientes?
Como estão relacionados os atores envolvidos no consumo de energia dos edifícios?
Qual o papel da Operação e Manutenção no consumo de energia?

Edifícios eficientes, são aqueles que conseguem atender as demandas dos usuários sob as premissas de projeto, com o mínimo consumo de energia, ou inclusive, integrados a sistemas de geração, oferecendo energia para a rede em momentos específicos da sua operação (Net zero).

Existem múltiplas denominações e certificações relacionadas com edifícios eficientes, sustentáveis, verdes ou net-zero; algumas relacionadas ao projeto e outras à operação.

Como o usuário impacta na operação de edifícios eficientes?
Como estão relacionados os atores envolvidos no consumo de energia dos edifícios?

No entanto, edifícios eficientes só funcionam com uma correta operação dos usuários. Afinal são as pessoas que realmente utilizam os sistemas e equipamentos.

Na prática, existem casos em que edifícios projetados e construídos para reduzir o consumo, inclusive com Certificados de Excelência, apresentam reclamações de desconforto, problemas de operação e manutenção, sistemas com custo elevado e sem comissionamento adequado e o mais grave: menor eficiência energética, com consumo igual ou superior à edifícios não certificados

Este fenômeno é conhecido como Performance GAP e é causado por uma série de fatores, relacionados, em termos gerais no gráfico abaixo:

grafico de perfornance gap

Precisa-se então de mudanças de comportamento e de paradigmas em todas as fases da vida útil de uma edificação.

Embora seja possível mensurar individualmente o impacto relativo de cada variável no consumo total de energia e seus custos associados, a combinação de todas elas apresenta interdependência e especificidades.

É de grande importância a consciência das oportunidades e os desafios, assim como o aprendizado contínuo e ambicioso de novas alternativas e tecnologias disponíveis para cada tipo de sistema, como é apresentado nesta Guia.

Quando todos os atores (stakeholders) de um empreendimento estão alinhados com objetivos de eficiência energética e construção sustentável, os ganhos são para todos, são proporcionais à atuação de cada um, saindo como grandes beneficiários dois específicos: o bolso e o meio ambiente.

Qual o papel da Operação e Manutenção no consumo de energia?

Este Guia contém recomendações de práticas e tecnologias interessantes para melhorar o desempenho energético de edificações. No entanto, a mudança da chave acontece quando são exploradas de maneira integrada as oportunidades presentes no projeto, operação e manutenção destes sistemas.

O infográfico abaixo, apresenta o processo de desenvolvimento de Manuais de Operação e Manutenção. Na tabela seguinte, é apresentado um modelo de estrutura e conteúdo técnico de um Manual de Uso, Operação e Manutenção (a norma ABNT NBR 14037 orienta como elaborar o Manual).

guia de elaboração de Manuais de Uso, Operação e
Manutenção de equipamentos e facilities.

Fonte: adaptado de Whole Building Design Guide  hyper link

Estrutura e conteúdo de um Manual de Operação
e Manutenção (O&M)

Estrutura

Conteúdo


  • Introdução: resumo geral do manual, lista de contatos e material complementário.
  • Riscos e procedimentos de Segurança
  • Utilidades
  • Cuidado Interior e exterior do edifício
  • O&M de sistemas hídricos
  • O&M de equipamentos de detecção e proteção contra incêndios
  • O&M de sistema de Ar condicionado e refrigeração (HVAC)*
  • O&M de equipamentos e sistemas de distribuição ou geração de energia elétrica
  • O&M de Sistemas de transporte: ex. elevadores
  • Instruções para Registros de manutenção
  • Organogramas, diagramas de decisão, folhas de dados.
  • Documentação dos fabricantes
  • Descrição dos sistemas
  • Procedimentos de operação: Controles, partida, emergência, estratégias sazonais.
  • Problemas e soluções
  • Procedimentos e intervalos de Manutenção preventiva

No caso dos sistemas de climatização, em 2018 foi legislada no Brasil a obrigatoriedade de Planos de Manutenção, Operação e Controle em edifícios.

“Todos os edifícios de uso público e coletivo serão obrigados a fazer a manutenção periódica de seus sistemas de ar condicionado. É o que determina a Lei 13.589/2018, sancionada em 4 de janeiro de 2018, em vigor para novas instalações de ar condicionado.” hyper link

Certificações e etiquetagens

Certificação, ou diretrizes de sustentabilidade.

O que é? O que faz?
O processo de certificação nada mais é que o reconhecimento que o projeto seguiu normas reconhecidas de boas práticas, aplicando conceitos de sustentabilidade e eficiência de recursos. Há muito foco sobre o selo da certificação, porém é importante lembrar que o ponto valioso da certificação é a metodologia, e como ela foi aplicada às edificações.
Há diversas certificações, ferramentas, e programas disponíveis no mercado de construção brasileiro, e qual adotar, e a decisão de tirar o selo ou não, depende das aspirações do cliente.

Para que serve certificar?

Para que serve certificar?

Há diversos estudos que mostram que edificações certificadas agregam valor para o proprietário, por poder alcançar maior valor de locação, e apresentam menor ocorrência de espaços vagos. Isso tudo é pelo fato que o consumidor tem uma certa confiança que aquele imóvel consumirá menos energia e/ou água, resultando em economias, e um impacto reduzido no meio ambiente.

A validação que o projeto seguiu uma metodologia reconhecida pode ser usada para comparar entre edifícios, e auxiliar o consumidor escolher um imóvel que terá um custo operacional menor, e demais benefícios de sustentabilidade.

Quando certificar?

Quando certificar?

A maioria dos programas são direcionados a projetos de novas construções ou reformas significativas. Algumas das certificações incluem uma avaliação de desempenho operacional, e, portanto, podem ser feitas em qualquer momento.

principais programas de certificação disponíveis

principais programas de
certificação disponíveis

PBE Edifica e Selo PROCEL Edificações
LEED
GBC Referencial condomínio
GBC Brazil Zero Energy

Criador

MME/INMETRO

Ponto de destaque

Programa de etiquetagem de edifícios de A a E, focado em eficiência energética. Atualizado para atendimento às Instruções Normativas INI-Ce INI-R, no lugar do RTQ-R eRTQ-C, permitindo também uma maior integração com a ABNTNBR 15.575. Atualmente obrigatória para edifícios federais. O selo Procel é concedido às melhores edificações de Nível A.

Tipologias

  • Edificações Residenciais
  • Condomínios Residenciais
  • Edificações Comerciais, de Serviços e Públicos

Áreas avaliadas

    Para as unidades habitacionais das edificações residenciais/edificações comerciais:

  • Envoltória
  • Aquecimento de água
  • Geração Local de Energia Renovável
  • Ar condicionado (somente edificações comerciais)
  • Iluminação (somente edificações comerciais)
  • Uso racional de água – informativo
  • Emissões de dióxido de carbono – informativo
  • Equipamentos – informativo (somente edificações comerciais)

    Para áreas de uso comum das edificações residenciais:

  • Ar condicionado
  • Bombas
  • Elevador
  • Geração Local de Energia
  • Aquecimento de água
  • Iluminação
  • Uso racional de água – informativo
  • Emissões de dióxido de carbono – informativo
  • Equipamento – informativo

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Criador

US GBC

Ponto de destaque

Certificação internacional, e é a certificação mais usada no Brasil, e mais estabelecida. Teve um boom entre 2011 e 2014. Geralmente escolhida para escritórios de padrão AAA. A partir da versão LEED v4, há também uma integração com o PBE Edifica.

Tipologias

  • Edificações Comerciais
  • Varejo ou Galpões
  • Data Centers
  • Hospedagem
  • Unidades de Saúde
  • Escolas
  • Bairros
  • Interiores Comerciais

Áreas avaliadas

  • Projeto Integrado
  • Energia e atmosfera
  • Qualidade Ambiental Interna
  • Eficiência da água
  • Local e transporte
  • Materiais e recursos
  • Inovação
  • Créditos regionais
  • Implantação

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Criador

GBC Brasil

Ponto de destaque

Apenas para Condomínios Residenciais. Desenvolvido frente à falta de certificação LEED para edificações residenciais no Brasil.

Tipologias

  • Condomínios Residenciais

Áreas avaliadas

  • Energia e atmosfera
  • Projeto Integrado
  • Qualidade Ambiental Interna
  • Eficiência da água
  • Local e transporte
  • Materiais e recursos
  • Inovação
  • Créditos regionais
  • Implantação

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Criador

GBC Brasil

Ponto de destaque

Para edificações que atingem um balanço de zero consumo de energia ao final do ano, por uma combinação de alta eficiência energética e geração de energia por fontes renováveis.

Tipologias

  • Edificações Residenciais
  • Condomínios Residenciais (todas as unidades precisam aderir à certificação)
  • Edificações Comerciais
  • Centros de Distribuição
  • Data Centers

Áreas avaliadas

Precisa-se ter pelo menos 1 ano de operação monitorado de forma continua, e demonstrando que o balanço energético anual foi zerado. Caso não pode se gerar energia localmente, pode se fazer geração off site ou comprar créditos de energia renovável, porém precisa-se demostrar um nível mínimo de eficiência energética.

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EDGE
AQUA-HQE
GBC Brasil Casa GBC Brasil Casa
Selo Casa Azul + Caixa Selo Casa Azul + Caixa

Criador

IFC (membro do Banco Mundial)

Ponto de destaque

Conta com uma ferramenta fácil, rápida e acessível para avaliar o projeto, e
estima economias de gasto operacional e custo de implementação de medidas de
eficiência.

Tipologias

  • Edificações Residenciais
  • Escritórios
  • Varejo
  • Hospedagem
  • Unidades de Saúde
  • Data Center
  • Indústria
  • Edificações Educacionais

Áreas avaliadas

  • Eficiência energética
  • Eficiência da água
  • Eficiência de materiais (carbono embutido)

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Criador

Démarche-HQE (Haute Qualité Environmentale)

Ponto de destaque

Certificação internacional derivada da certificação francesa HQE, e adaptada ao Brasil. Também é bem estabelecida no
Brasil. Atualizada para ter maior integração com o PBE Edifica

Tipologias

  • Edificações Residenciais
  • Condomínios Residenciais
  • Comércio
  • Escritórios
  • Varejo
  • Hospedagem
  • Escolas
  • Unidades de Saúde
  • Lazer, Eventos e Cultura
  • Bairros

Áreas avaliadas

  • Energia
  • Conforto térmico
  • Qualidade do ar
  • Conforto visual
  • Conforto acústico
  • Água, Qualidade da água
  • Sistemas construtivos
  • Manutenção
  • Local
  • Resíduos
  • Qualidade dos espaços
  • Conforto olfativo
  • Canteiro

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Criador

GBC Brasil

Ponto de destaque

Apenas para casas residenciais. Desenvolvido frente à falta de certificação LEED para edificações residenciais no Brasil.

Tipologias

  • Edificações Residenciais

Áreas avaliadas

  • Projeto Integrado
  • Energia e atmosfera
  • Qualidade Ambiental Interna
  • Eficiência da água
  • Local e transporte
  • Materiais e recursos
  • Inovação
  • Créditos regionais
  • Implantação

Criador

Caixa Econômica Federal

Ponto de destaque

O primeiro método de avaliação considerando índice ambiental, social e governança, desenvolvido para a realidade da construção habitacional brasileira. Possui duas etapas: Projetar (fase de projeto) e Habitar (Após conclusão da obra). O selo possui integração com a ABNT NBR 15.575.

Tipologias

  • Edificações Habitacionais

Áreas avaliadas

  • Qualidade Urbana e Bem-Estar
  • Eficiência Energética e Conforto Ambiental
  • Gestão Eficiente da Água
  • Produção Sustentáve
  • Social
  • Inovação

Além das certificações mencionadas na tabela acima, está sendo desenvolvida a certificação DEO, “Desempenho Energético Operacional”, pelo CBCS (Conselho Brasileiro da Construção Sustentável). A certificação DEO visa a avaliação e publicação do nível de eficiência em operação da
edificação, comparando o consumo real de energia ao consumo típico conforme a tipologia apresentando as classificações: “ineficiente”, “típico” e “eficiente”.
Conforme a nota técnica publicada pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), as principais etapas para a implementação do benchmarking incluem: desenvolver benchmarks nacionais para cada tipologia, elaboração de uma ferramenta unificada, criação de um plano de divulgação e capacitação, regulamentação e desenvolvimento. Ademais, para a implementação da certificação será necessário fortalecer o uso da certificação de maneira voluntária por municípios e empresas privadas e relacioná-las a programas de financiamento como o IPTU Verde, por exemplo. Uma próxima etapa seria implementar de maneira obrigatória para edificações públicas e comerciais de maneira gradativa com metas previstas para certificar de 5% a 10% das edificações das 10 maiores cidades até 2030.

A plataforma DEO, ferramenta relacionada a essa certificação, já está disponível através desse link, e para
mais informações acesse aqui.

Como funciona?

Como funciona?

Os diferentes métodos adotam critérios abrangendo diferentes áreas, dependendo do foco do programa em questão. Por exemplo, pode ser focado em eficiência energética (no caso do PBE Edifica), incluir uso racional da água, ou incluir demais categorias voltadas à sustentabilidade e redução de impacto do projeto no meio ambiente (nos casos do LEED, GBC Brasil Casa, AQUA e Selo Caixa Azul da Caixa).

Geralmente, no caso das certificações com pontuação, dentro de cada área avaliada, o projeto deve atender aos pré-requisitos. Em seguida, coleta-se “pontos”, atendendo a um “cardápio” de medidas. Cada medida vale um certo valor de pontos. Ao final, a soma dos pontos através de todas as áreas será a pontuação final.

Qual é o processo?

Qual é o processo?

A melhor forma de aproveitar das diretrizes de sustentabilidade requeridas pelos sistemas de certificação é a de montar uma estratégia no início do projeto, para poder incorporar os conceitos o mais cedo possível, e orientar todas as disciplinas de projeto relevantes. A avaliação do projeto deve ser feita de forma contínua.

Para programas mais complexos, é comum contratar um consultor especializado para auxiliar a equipe de projeto, porém não é compulsório.
Nesse mesmo contexto, é possível também realizar a capacitação de profissionais da empresa que atuam em projetos permitindo assim o uso do conhecimento especializado durante o desenvolvimento de projetos.
Toda certificação tem pelo menos uma auditoria de um órgão ou pessoa credenciada a fim de obter a certificação.

Certificadoras

Certificadoras

Na tabela a seguir, as certificadoras possíveis para cada certificação estão listadas. Quando há mais de uma opção, a escolha normalmente se dá considerando dois fatores: valor dos serviços que serão prestados e para quais localidades a certificador a presta seus serviços.

Avaliação do projeto inicial
  • Escolha de qual programa seguir [cliente/incorporadora].
  • Avaliação do projeto na fase de concepção do projeto (nova construção ou retrofit) [consultor especializado, projetistas] .
  • Cadastro do projeto [consultor especializado da certificação, ou membro da equipe].
  • Com auxílio de consultor externo ou membro da equipe.
Desenvolvimento dos projetos
  • Seguindo as diretrizes dos guias [projetistas].
  • Com auxílio de consultor externo ou não.
  • Avaliação contínua.
  • Auditoria de projeto (caso preciso).
Construção
  • Auditoria da obra e/ou documentação [construtora/
    projetistas/consultor externo].
  • Recebimento da certificação, selo ou etiqueta.
Operação
  • Avaliação do consumo operacional real pode ser feita com o programa DEO [facilities/usuário da edificação].

Mais detalhes sobre os diferentes programas de certificações

Mais detalhes sobre os diferentes programas de certificações

PBE Edifica e Selo PROCEL Edificações
LEED
GBC Referencial condomínio
GBC Brazil Zero Energy

Níveis possíveis

Nível A a E

Certificador

MME/INMETRO

Rating

Asset rating

Auditorias

1 auditoria não presencial

Especialista

Não há

Custo

R$ 11.000 a 22.000 para Edificações Comerciais, públicas ou de serviço, em média.

Acesse: hyper link

* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor

Níveis possíveis

  • 1. Certified (40-49 pontos)
  • 2. Silver (50-59 pontos)
  • 3. Gold (60-69 pontos)
  • 4. Platinum (80+ pontos)

Certificador

GBCI

Rating

Asset rating ou Operational rating (LEED O+M)

Auditorias

1 ou 2 auditorias, não presenciais

Especialista

LEED Green Associate

LEED Accredited

Professional

LEED Fellow

Custo

USD 7.300 para cadastro + taxas por m² (min. de USD$ 3.825) = total: USD$11.125**

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* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor

Níveis possíveis

  • 1. Verde (40-49 pontos)
  • 2. Prata (50-59 pontos)
  • 3. Ouro (60-69 pontos)
  • 4. Platina (80+ pontos)

Certificador

GBC Brasil

Rating

Asset rating

Auditorias

1 ou 2 auditorias, não presenciais

Especialista

Consultor GBC Casa e Condomínio

Custo

À partir de R$166.175, dependendo do número de unidades e da área****

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* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor

Níveis possíveis

Não há níveis

Certificador

GBC Brasil

Rating

Operational rating

Auditorias

1 ou 2 auditorias, não presenciais

Pode haver visita presencial pelo GBC Brasil

Especialista

Não há

Custo

R$ 5.200 (residencial) R$ 11.020 (outras tipologias)**

Acesse: hyper link

* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor

EDGE
AQUA-HQE
GBC Brasil Casa GBC Brasil Casa
Selo Casa Azul + Caixa Selo Casa Azul + Caixa

Níveis possíveis

EDGE Certified (mínimo de 20% de economia em energia, água e materiais)

EDGE Advanced (mínimo de 40% de economia em energia e 20% em água e materiais)

Zero Carbon (EDGE Advanced + geração de energia renovável podendo ser on-site/off-site ou compensação de carbono para alcançar carbono zero)

Certificador

GBCI ou Sintali-SGS

Rating

Asset rating + Operation rating

Auditorias

1 auditoria de projeto (não presencial) e 1 auditoria da construção (presencial)

Especialista

EDGE Expert

Custo

SGS-Sintali: USD$3.250 para edificações comerciais e residenciais (até 100 unidades e três tipologias).
Outras tipologias, por cotação − GBCI: À partir de USD$ 3.249, variando conforme área do projeto)

Acesse: hyper link

* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor

Níveis possíveis

  • 1. HQE PASS (4 pontos)
  • 3. HQE GOOD (5 – 8 pontos)
  • 5. HQE VERY GOOD (9-12 pontos)
  • 7. HQE EXCELLENT (13-15 pontos)
  • 9. HQE EXCEPTIONAL (16+ pontos)

Certificador

Fundação Vanzolini

Rating

Asset rating

Auditorias

3 auditorias presenciais ao longo do desenvolvimento do projeto e de 3 a 4 para edificações em operação.

Especialista

Não há

Custo

Por cotação (Fundação Vanzolini)

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* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor

Níveis possíveis

  • 1. Verde (40-49 pontos)
  • 2. Prata (50-59 pontos)
  • 3. Ouro (60-69 pontos)
  • 4. Platina (80+ pontos)

Certificador

GBC Brasil

Rating

Asset rating

Auditorias

1 ou 2 auditorias, não presenciais

Especialista

Consultor GBC Casa e Condomínio

Custo

R$8.080 a R$ 17.890 dependendo da área**

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* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor

Níveis possíveis

  • 1. Selo Cristal/Bronze: 50 pontos e 16 critérios obrigatórios.
  • 2. Selo Topázio/Prata: 60 pontos e 17 critérios obrigatórios.
  • 3. Selo Safira/Ouro: 80 pontos e 17 critérios obrigatórios.
  • 4. Selo Diamante: 100 pontos, o identificador #mais na categoria “Inovação” e 21 critérios
    obrigatórios

Certificador

Caixa Econômica Federal

Rating

Asset rating

Auditorias

Auditoria de projeto (Etapa Projetar) e auditoria de pós-construção (Etapa Habitar). A avaliação ocorre junto das vistorias padrão da CAIXA.

Especialista

Não há

Custo

Sem custo adicional de certificação

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* Custo acessado em outubro 2023.
** Custos para não-membros. Para membros, pode haver redução de valor

Informações específicas

Informações específicas

Conheça quais são os benefícios, qual o seu papel e informações adicionais de acordo com seu perfil.

Incorporadora e construtora
Projetista
Fornecedores
Facilities
Usuário da edificação
Incorporadora e construtora
Projetista

INCORPORADORA

Quais os principais benefícios?

  • Menor impacto ambiental na construção, e menor custo operacional;
  • Maior valor de venda, menor taxa de desocupação;
  • Acesso às linhas de financiamento a partir da obtenção de determinadas certificações.

O que você deveria saber?

  • A escolha de qual certificação seguir depende das aspirações do cliente, não há certificações “melhores” que outras;
  • Pode ter necessidade de contratar serviços adicionais, como acompanhamento do processo, simulação energética etc.

Qual o seu papel?

  • Escolher qual certificação e nível de atendimento
    desejado (incluindo se vai tirar a certificação em si ou não);
  • Contratar alguém para acompanhar o processo (pode ser alguém da equipe de projeto, ou um consultor especializado).

CONSTRUTORA

Quais os principais benefícios?

  • Diretrizes a seguir na obra, visando redução de impacto ambiental e custo operacional;
  • Oportunidade de se diferenciar no mercado se for conhecer o processo;
  • Acesso às linhas de financiamento a partir da obtenção de determinadas certificações.

O que você deveria saber?

  • Haverá necessidade de fornecer comprovantes de atendimento às diretrizes, cobrando dos fornecedores informações adicionais sobre os materiais ou equipamentos.

Qual o seu papel?

  • Executar a obra conforme as diretrizes demandadas para cada critério requisito;
  • Fornecer a documentação requisitada para cada critério.

Quais os principais benefícios?

  • Diretrizes a seguir visando redução de impacto ambiental e custo operacional;
  • Oportunidade de se diferenciar no mercado se for conhecer o processor.

O que você deveria saber?

  • Haverá necessidade de fornecer comprovantes de atendimento às diretrizes, cobrando dos fornecedores informações adicionais sobre os materiais ou equipamentos.

Qual o seu papel?

  • Executar os projetos conforme as diretrizes demandadas para cada critério requisitado;
  • Fornecer a documentação requisitada por cada critério;
  • Envolver o usuário final e equipe de facilities na fase de projeto para garantir que a edificação será operada conforme previsto no projeto.
Fornecedores
Facilities

Quais os principais benefícios?

  • Oportunidade de se diferenciar no mercado fabricando materiais e/ou equipamentos que poderão ser usados em obras com certificação, e fornecendo as informações técnicas de forma que possam ser aprovadas facilmente no projeto.

O que você deveria saber?

  • Os projetistas e construtoras terão necessidade de submeter evidência que os materiais e equipamentos atendam certos requisitos para poder especifica-los no projeto. É a responsabilidade do fornecedor de providenciar essas informações técnicas.

Qual o seu papel?

  • Providenciar as especificações técnicas requisitadas pelo projetista e/ou construtor.

Quais os principais benefícios?

  • Redução de consumo energético operacional.

O que você deveria saber?

  • Para certificação de edificações novas, haverá diretrizes para operação e manutenção da edificação que deverão ser seguidas;
  • Para certificação de desempenho operacional, haverá necessidade de fornecer dados de consumo real da edificação, e haverá necessidade de participar do processo para implementação.

Qual o seu papel?

  • Operar a edificação conforme previsto em projeto. Maior sucesso é atingido quando a equipe de facilities, ou operador da edificação, está incluso na fase de projeto.
Usuário da edificação

Quais os principais benefícios?

  • Redução de custo operacional em energia e em água;
  • Pode proporcionar melhor conforto térmico, qualidade interna ambiental, e maior facilidade de uso e operação;
  • Acesso às linhas de financiamento a partir da obtenção de determinadas certificações.

O que você deveria saber?

  • Alguns dos critérios visam a melhoria da qualidade da edificação para o usuário, em termos de conforto e de usabilidade. Porém, para garantir isso o usuário deverá usar a edificação conforme previsto pela equipe de projeto.

Qual o seu papel?

  • Operar a edificação conforme previsto em projeto. Maior sucesso é atingido quando o usuário final está incluso na fase de projeto.