Aspectos construtivos
Estratégias bioclimáticas
Estratégias e tecnologias
Impacto da tarifa
Impacto da forma
Iluminação
Desempenho lumínico
Estratégias e tecnologias
Impacto da tarifa
Ar condicionado
Estratégias ativas ou passivas
Tecnologias e sistemas
Impacto da tarifa
Equipamentos
Ventilação
Estratégias e tecnologias
Impacto da tarifa
Automação e controle
Estratégias e tecnologias
Geração distribuída
Localização
Tecnologias e sistemas
Impacto da tarifa
Área disponível
Um “bom” projeto de arquitetura é capaz de proporcionar conforto ambiental,eficiência energética e facilidade de uso ao usuário/a e/ou proprietário/a. A fase de projeto é a ideal para incluir aspectos de arquitetura passiva que terão um grande impacto no desempenho futuro do edifício. É muito mais barato incorporar as escolhas certas em um novo projeto do que em retrofit, que também pode ter tais alterações, porém com um custo maior.
Um bom projeto considera a forma, a orientação, o uso e o clima local a fim de escolher os elementos construtivos mais adequados: quais materiais usar na envoltória (fachadas e paredes), qual a quantidade de vidro e quantas e quais tipos de aberturas.Os materiais a serem usados dependem da estratégia ambiental:
Um ponto importante a destacar é a importância da definição da estratégia ambiental antes de escolher os materiais. Em um edifício com alta carga interna (por exemplo, um escritório, com pessoas e equipamentos e com alta exigência de conforto térmico), o objetivo será reduzir o consumo de energia, pois muito provavelmente seja necessário um sistema de ar condicionado. Neste caso, a estratégia para escolha dos materiais deve ser focada em impedir a entrada de calor, investindo em materiais de alto desempenho.
Em edifícios com maior tolerância de temperaturas internas e carga interna menos intensiva, como por exemplo, uma casa, devem ser priorizadas estratégias para aumentar o conforto, tais como a ventilação natural e elementos construtivos que barrem o calor. Nessa situação, altos investimentos em materiais não são tão necessários para manter o conforto térmico na maior parte do ano, o que evita, ou elimina, o uso de ar condicionado.
Dependendo do período do ano podem ser necessárias estratégias diferentes e, até mesmo, opostas. Assim, é recomendado realizar uma simulação energética anual a fim de encontrar o ponto de otimização em termos de consumo anual de energia ou horas de conforto.
Quando tratamos de edificações cujo principal fim está relacionado à ocupação humana, o conforto térmico é um conceito fundamental. Além de prover condições adequadas de habitabilidade, o que afeta diretamente a qualidade ambiental do espaço construído, o conforto também tem relação direta com a produtividade de seus usuários e, sempre que possível, deve ser garantido por meio de soluções arquitetônicas. Para tanto, é preciso primeiramente ter o conhecimento sobre esse conceito, de modo que as diversas variáveis que o influenciam possam ser manipuladas adequadamente, levando à criação não apenas de espaços confortáveis, mas também eficientes e com bom desempenho.Por se tratarem de medidas relativas à construção e arquitetura, as estratégias passivas recebem tal nome. Elaboradas de acordo com as condições climáticas locais, elas visam melhor aproveitamento do conhecimento arquitetônico e projetual, de forma que a própria edificação seja capaz de oferecer condições apropriadas de conforto, sem que precisem ser necessariamente acionados sistemas artificiais de resfriamento, aquecimento e iluminação. Dessa forma, constituem-se como instrumentos essenciais para a concepção de projetos mais sustentáveis e com menores gastos energéticos.
A indicação dessas estratégias varia conforme a localização do projeto e, consequentemente, o seu clima. Atualmente, o Brasil encontra-se dividido em oito zonas bioclimáticas, conforme a NBR 15.220-3, para cada uma das quais são definidas estratégias que podem ser adotadas para melhor desempenho térmico da edificação.
Há previsão de produção de vidros com nanotecnologia, equipados com células solares transparentes, capazes de controlar a quantidade de luz e energia solar que entram no edifício. A tecnologia consiste em uma fina película, que está sendo desenvolvida para ser aplicada também em janelas existentes. (Estudos da Universidade de Princeton).
Compostos por um núcleo poroso
envelopado e selado termicamente, com alta capacidade
de isolamento térmico, e cuja tecnologia de fabricação
permite maior durabilidade, inclusive, de seu desempenho térmico.
Novos painéis SIPs com maior índice
de isolamento térmico e que levam em sua composição GPS
(poliestireno de grafite).
Chapas de policarbonato que podem ser
aplicadas em paredes e coberturas, preservando a passagem
de luz típica de um material translúcido e que são preenchidas
com nanogel isolante, capaz de reduzir a transmitância térmica
do componente. Apresentam grande durabilidade e resistência maior
do que os vidros, já que são praticamente inquebráveis.
O modulo OPV é feito de células de
polímero orgânico condutor que são capazes de produzir
eletricidade pelo efeito fotovoltaico. Apesar de haver
poucas empresas que conseguiram produzir esta tecnologia
em escala, existem já algumas produções brasileiras.
As células podem ser “impressas” em substratos leves,
flexíveis e transparentes.
Painéis BIPV são integrados à construção,
fazendo parte da estrutura do edifício, por exemplo,
à fachada de vidro. Além de gerar eletricidade, podem
fornecer outros benefícios, tais como sombreamento,
proteção de vento ou chuva, etc.
A luz natural é a principal fonte de luz a qual temos acesso. Além de ser provida por uma fonte inesgotável, esse recurso é capaz de promover condições ambientais de qualidade, quando bem manejado. Associado à iluminação artificial, pode ser um dos aliados na busca por edificações com maior eficiência energética. Por outro lado, as condições de desempenho do próprio sistema de iluminação, são também como cruciais para construção de edifícios eficientes. Bons projetos de iluminação artificial aliam adequadas condições de visibilidade e reprodução de cores, com compatibilidade de custos iniciais e de manutenção.
Uma vez que os gastos energéticos com iluminação correspondem a uma significativa fatia em diferentes tipologias de edificações, a eficiência energética do sistema, sobretudo das lâmpadas utilizadas, se configura como um importante fator na concepção de edifícios mais econômicos. Segundo o CBCS (com dados da ELETROBRAS, 2007), a participação da iluminação no consumo final de energia nas edificações residenciais gira em torno de 14%, enquanto em edifícios comerciais e públicos, esse valor chega a pouco mais de 20%. Ou seja, sistemas mais eficientes podem significar considerável economia em relação às contas de energia elétrica.
Fonte: CBCS (com dados da ELETROBRAS, 2007)
A definição de sistemas de iluminação de maior eficiência energética requer o entendimento de alguns conceitos fundamentais:
Representa a radiação luminosa total emitida por uma fonte, ou seja, a potência luminosa emitida por uma lâmpada, por exemplo, e que pode ser compreendida como a quantidade de luz que esta emite na tensão nominal de funcionamento.
Também conhecido como iluminamento ou iluminância, este fator corresponde ao fluxo luminoso (lm) incidente em uma superfície por unidade de área (m2). Um lux equivale à iluminância em uma superfície plana de 1 m2, sobre a qual incide um fluxo luminoso de um lúmen, perpendicularmente a ela.
Representa, na prática, a quantidade de luz em um ambiente e é medido por um aparelho chamado luxímetro. Uma vez que a distribuição do fluxo luminoso não se dá de forma uniforme pelo ambiente, haverá diferentes níveis de iluminância em diferentes pontos do espaço avaliado.
Determinada a partir da somatória das potências elétricas de todas as lâmpadas do sistema, o que determina a Potência total instalada (W), dividida pela área total (m) sobre a qual este sistema atua, ou seja, a potência elétrica a cada metro quadrado de área (W/m²). Temos, portanto:
DPI = Pt/A
Onde,
Pt (W) = Potência total instalada
A (m²) = Área iluminada
*manual do Procel: inclui potência de reatores, transformadores e/ou ignitores, quando houver.
É a razão entre o fluxo luminoso emitido por uma lâmpada e a sua potência elétrica. Quanto menor o valor resultante desta relação, mais elevado é nível de eficiência luminosa, uma vez que, comparativamente, para produção de um mesmo fluxo luminoso, tem-se um consumo de energia menor.
*O fluxo luminoso final disponível é, normalmente, menor do que aquele irradiado pela lâmpada, uma vez que esta tende a ser instalada em uma luminária, cujos materiais irão absorver, refletir e transmitir a luz emitida. (manual OSRAM)
Existem diversos tipos de lâmpadas, neste guia abordaremos as listadas abaixo.
Selecione ao lado até três tipos de lâmpadas e clique em COMPARAR para obter mais informações sobre cada uma delas.
Conheça as principais estratégias de eficiência energética em iluminação. Clique ao lado para saber mais sobre cada uma delas.
Uma das estratégias mais simples para reduzir o consumo do sistema de iluminação é de reduzir a quantidade de lâmpadas instaladas, ou reduzir a potência das lâmpadas usadas, mantendo níveis satisfatórios de luminosidade. Há diversas formas de fazer isso:
A divisão de circuitos elétricos ligados ao sistema de iluminação permite certa setorização deste, de forma a flexibilizar o seu uso. Em espaços onde diferentes tarefas são desempenhadas, onde a ocupação se dá de forma heterogênea, e a disponibilidade de luz natural é variável, esse recurso se coloca de forma bastante interessante como estratégia de economia de energia elétrica. Uma vez que circuitos divididos permitem o acionamento da iluminação artificial de forma setorizada, é possível que haja luminárias acesas em uma dada região de um ambiente, sem que outra região no mesmo espaço tenha, necessariamente, a iluminação acionada. Tal flexibilidade permite um maior controle sobre tal sistema, de modo a evitar desperdícios pelo uso dispensável da iluminação.
Como principal recurso de iluminação disponível, a luz natural pode e deve ser considerada na concepção de espaços onde há ocupação humana. Além de sua incomparável qualidade quanto à reprodução de cores e elemento de conexão entre meio interno e externo, capaz de prover melhores condições de salubridade aos espaços no interior de um edifício, a luz natural é importante aliada no que diz respeito às questões de eficiência energética. Quando bem manejada, sua presença é capaz de diminuir as demandas por iluminação artificial, diminuindo, assim, o uso de energia elétrica em edificações.
Além de janelas e outras aberturas em fachadas e outras paredes, outros elementos podem ser empregados nas edificações para que a luz natural seja utilizada como recurso de iluminação. Em coberturas, é possível a aplicação de materiais translúcidos em vãos não estruturais, além de claraboias e a da concepção de “sheds”, telhados em forma de serra, com planos de vidro que permitem a entrada de luz natural em ambientes fechados.
“Sun pipes” também podem ser ferramentas a serem empregadas em ambientes onde os meios tradicionais de acesso à luz natural não podem ser utilizados. Essa espécie de tubo, conecta o espaço interno ao meio externo, normalmente através da cobertura, e, por ter acabamento interno com alto índice de reflexividade, otimiza a entrada de luz no ambiente.
As esquadrias devem ser dimensionadas de forma a oferecer bom desempenho de iluminação natural. A ABNT NBR 10821-4, determina a área mínima de abertura para iluminação, conforme a área de piso dos ambientes onde são obrigatórias: salas e dormitórios. Além disso, níveis mínimos de iluminamento devem ser atendidos conforme requisitos da Norma de Desempenho (NBR 15.575-1), para sala, dormitórios, cozinha e área de serviço, inferidos pelo método de simulação. É preciso ter atenção também aos códigos e legislações locais do local do projeto, para que se atendam sempre os requisitos mais restritivos.
Controles e sistemas de automação podem ser grandes aliados, não apenas como forma de proporcionar melhores condições de conforto lumínico aos usuários, mas também para gerar níveis maiores de economia de energia elétrica em edificações. O emprego desses instrumentos visa gerar sistemas de iluminação mais inteligentes e adaptáveis, de forma a evitar desperdícios.
São dispositivos de operação analógica ou digital, capazes de programar horários e dias da semana, de forma cíclica, em que aparelhos elétricos, incluindo lâmpadas e luminárias, serão ligados ou desligados, de modo a evitar desperdícios de energia. Dependendo do aparelho, há memória para diferentes programações.
Diferentemente dos programadores horários, os temporizadores não atuam de forma cíclica. Seu acionamento gera uma programação de contagem de tempo finita que ao se esgotar, liga ou desliga aparelhos elétricos, incluindo lâmpadas.
Constituem ferramentas de automação do sistema de iluminação que operam conforme os níveis de luminosidade do espaço onde se encontram. Ao detectar determinados níveis de iluminância, a fotocélula é capaz de acionar ou interromper o funcionamento de lâmpadas, de forma a evitar o uso desnecessário de iluminação artificial quando os níveis de luz natural são suficientes para que se desempenhem determinadas tarefas.
Aparelhos que permitem variação dos níveis de iluminação artificial em um dado espaço, de forma a variar o fluxo luminoso das lâmpadas instaladas. Seu uso permite que a intensidade de iluminação seja adaptada conforme a tarefa desempenhada, bem como, conforme complementação à iluminação natural. Seu funcionamento se dá pela variação da potência elétrica das lâmpadas e, por esta razão, seu uso é recomendado em lâmpadas de LED ou eletrônicas.
Aparelhos que se destinam ao acionamento temporário da iluminação, a partir da detecção da presença de pessoas ou veículos no espaço onde se encontram instalados. Após um determinado período, o qual deve ser previamente regulado, desligam as luminárias, de forma a evitar que estas se mantenham ligadas quando não houver atividades que requeiram uso da iluminação artificial. São ideais para espaços de uso intermitente, tais como banheiros, corredores, depósitos, almoxarifados e, em alguns casos, garagens, e podem ser instalados sobre tetos ou paredes.
DALI constitui um padrão internacional especificado pela norma IEC 60929, não restrito a nenhum fabricante e que assegura os padrões associados aos dispositivos de “dimmerização”, certificando a intercambialidade e interoperabilidade entre eles. Aplicável apenas à iluminação, possibilita a criação de sistemas e iluminação flexíveis e com controle descentralizado, com grupos de luminárias, além de diferentes cenários dentro de um mesmo ambiente para diferentes grupos de pessoas e necessidades. Além da possibilidade de se conectar aos sistemas de gerenciamento predial, a flexibilização no uso da iluminação artificial, faz do DALI um aliado da eficiência energética, sobretudo em edifícios onde há diferentes usos em um mesmo ambiente, além de sistemas de gerenciamento predial.
Sistemas de gestão predial, como também é conhecido o BMS no Brasil, corresponde à integração e automação dos sistemas mecânicos e elétricos de uma edificação, tais como sistemas de iluminação, segurança, incêndio e refrigeração de ar. O BMS permite a operação e gestão centralizada de tais utilidades prediais, de forma que se faz possível o monitoramento em tempo real dos equipamentos instalados, bem como os seus desempenhos. Ele é capaz de introduzir respostas automáticas em tais sistemas, de forma a equilibrar o uso de diferentes equipamentos conforme as necessidades detectadas. Sua capacidade em coletar dados e gerar capaz de diminuir custos operacionais e de energia elétrica.
Os Sistemas de Condicionamento de ar em edificações têm como objetivo o controle da temperatura, e em alguns casos umidade, pureza e movimentação do ar, num ambiente ou meio delimitado.
Sistemas de ar condicionado devem ser escolhidos e projetados para garantir o conforto térmico dos ocupantes, com o mínimo consumo de energia. O objetivo da Refrigeração Industrial, por sua vez, controlar a temperatura de produtos ou substâncias, por exemplo, para armazenamento de alimentos e medicamentos.O acionamento dos sistemas AVAC requer um insumo energético, que predominantemente é energia elétrica.
Existe, no entanto, a possibilidade de aproveitar correntes de calor de gás ou água quente, em aplicações de absorção. Para mais informações veja a seção de Fontes Renováveis, cogeração. Os componentes básicos em ambos os casos, são compressores, trocadores de calor, ventiladores, bombas, tubos, dutos e equipamentos de proteção e controle.As máquinas de Ar condicionado, Ventilação e aquecimento funcionam movimentando ar entre espaços e sistemas, sempre com o objetivo de manter a condição de conforto no ambiente climatizado, removendo ou adicionando calor conforme a necessidade.
Este fenômeno é possível com o uso de fluidos refrigerantes e substâncias químicas que tem a caraterística de absorver calor controladamente enquanto passam da fase líquida à gasosa. Os refrigerantes percorrem um ciclo fechado com ajuda de compressores e trocadores de calor para voltar ao estado inicial (líquido).
Pensando por exemplo numa geladeira de uso doméstico, que utiliza o ciclo de refrigeração para funcionar, a evaporação do gás ocorre dentro da geladeira (nas paredes), onde se colocam os alimentos que precisam da baixa temperatura.
Quando a troca de calor entre o ar externo e o ar interno não ocorre naturalmente, ou não é suficiente para garantir o conforto térmico, são necessários equipamentos de refrigeração ativos.
A forma como o Sistema AVAC retira calor dos edifícios varia em função de múltiplas variáveis, como a demanda de refrigeração, o tipo de edifício e os conceitos de projeto.
Em edifícios com unidades AVAC individuais, como Ar-Condicionado de janela ou equipamentos tipo Split, cada equipamento troca calor entre o ar externo e o ar interno através da ação do fluido refrigerante.
Já no caso dos prédios com carga térmica maior e possibilidade de centralizar a geração de frio, podem ser utilizados equipamentos mais eficientes como Chillers a água ou a ar. Estes equipamentos trocam calor do fluido refrigerante para um fluido intermediário, como a água gelada, que pode ser distribuída para equipamentos em cada ambiente, como Unidades de Tratamento de ar (AHU: Air Handling Units) e Fancoils.
Dependendo da demanda, pode ser necessária a rejeição de calor ainda com água em torres de resfriamento, ou diretamente com ar externo. Nos dois casos são necessárias bombas para movimentação da água gelada e redes de distribuição isoladas que evitem o aquecimento da água gelada, geralmente a uma temperatura próxima a 7°C.
São múltiplos os aspectos a serem considerados para um projeto, compra, operação e manutenção eficientes em sistemas AVAC.
1Reduzir a carga térmica de aquecimento, resfriamento e a demanda de iluminação, através de estratégias passivas (como arquitetura bioclimática);
2Especificar sistemas AVAC e de iluminação eficientes, que considerem eficiência a carga plena, a carga parcial e interfaces de requerimentos das utilidades;
3Integrar fontes de energia renovável como aquecimento solar, resfriamento e aquecimento geotérmico, dimensionados para as cargas otimizadas;
4Otimizar o desempenho através da modelagem computacional na etapa de projeto;
5Otimizar as estratégias de controle utilizando sensores de presença, ocupação, CO2, e outros alarmes de qualidade durante a operação;
6Monitorar o desempenho do projeto através de uma política de comissionamento, medição, revisões anuais e re-comissionamento periódico;
7Considerar retrocomissionamento em edifícios que não foram originalmente comissionados,
8Integrar tecnologias de economia de água para reduzir a demanda energética do fornecimento de água potável, e finalmente;
O Coeficiente de Performance, COP, é um parâmetro importante na análise dos Sistemas AVAC e seus componentes, que mede a eficiência energética como a relação entre a energia útil e a energia consumida pelo sistema, como segue:
Quanto maior o valor do COP, indica um equipamento ou sistema mais eficiente. É um coeficiente adimensional porque compara a capacidade de refrigeração com o trabalho do compressor, ambos em Watts ou kW.
É importante garantir que os equipamentos de ar condicionado sejam especificados com o maior COP nominal possível, e quando a carga térmica seja considerável e variável, implementar sistemas de monitoramento que permitam acompanhar o COP real do sistema na operação a plena carga e em carga parcial. O Programa de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL) através do Inmetro, estabelece os níveis de eficiência para equipamentos de ar condicionado e a etiqueta (Selo Procel) obrigatória para facilitar e incentivar a compra de equipamentos mais eficientes (Condicionadores de ar tipo Janela, Cassete, Split Hi-wall, e Split piso-teto). Quando os equipamentos são especificados com o maior COP disponível, os custos de operação e manutenção reduzem significativamente.
COP Compressor. Fonte: Manual sobre sistemas de Água Gelada (MMA, 2017).
COP Sistema. Fonte: Manual sobre sistemas de Água Gelada (MMA, 2017).
O índice IPLV (do inglês, Integrated Part Load Value – Valor Integrado de Carga Parcial)1 é o valor que expressa a eficiência de um Chiller, considerando a média ponderada da sua operação em cargas parciais ao longo do ano. É calculado a partir de testes dos equipamentos nas condições definidas nas normas e com a equação a seguir:
Onde A, B, C e D são os valores de eficiência em condições de carga de 100%, 75%, 50% e 25% respectivamente. A equação considera como hipótese uma operação de 1% do tempo em 100% de carga, 42% do tempo em 75% de carga, 45% do tempo em 50% de carga e 12% do tempo em 25% de carga. Estas hipóteses fazem que a eficiência IPLV seja mais realista à eficiência nominal dos equipamentos, porém, não indica que os equipamentos devam ser operados em carga parcial. Em realidade, qualquer máquina de HVAC operará sempre com maior eficiência quanto mais perto da carga nominal. Soluções como inversores de frequência, equipamentos em paralelo, termoacumulação, entre outros, permitem mitigar as perdas causadas pela carga parcial.
O coeficiente de performance depende das propriedades do fluído refrigerante (principalmente temperatura de condensação e vaporização), das propriedades na sucção do compressor, o próprio compressor e os demais equipamentos do sistema. De forma geral, para cada 1,0 ̊C de aumento na temperatura de evaporação, reduz-se o consumo de energia de 2,0 a 4,0% (ETSU, 2000). Na temperatura de condensação, por sua vez, 1,0 ̊C de redução na temperatura de condensação, reduz-se o consumo do sistema de 1,5 a 3,0% (ETSU, 2000). O sub-resfriamento do líquido antes de entrar no dispositivo de expansão, também influencia o COP do sistema positivamente, embora se utilize sub-resfriamento principalmente para garantir somente a entrada de líquido no dispositivo de expansão. Já para superaquecimento, o efeito depende do fluido refrigerante, sendo que o COP pode aumentar (R134), diminuir (R717) ou aumentar até um máximo e começar a diminuir (R22). Só se justifica o superaquecimento do fluido, por motivos de segurança, para evitar a entrada de líquido no compressor.
Existem formas alternativas de representar a eficiência de um sistema HVAC, como:
Da mesma forma que com o COP, a razão EER indica maior eficiência enquanto seja maior seu valor, porém, avalia a relação entre a quantidade de energia útil de refrigeração em Btu e a energia consumida em watts-hora. Outro indicador utilizado no mercado dos sistemas de refrigeração é a relação entre o seu consumo, em kW e a capacidade de resfriamento em TR, o que resulta em:
De maneira geral podem se utilizar as conversões:
Existem várias abordagens de classificação de Sistemas AVAC, por configuração física (centralizado e individual), por objetivo (resfriamento, aquecimento, resfriamento/aquecimento), por meio de resfriamento na condensação, entre outras.
Tipos de sistemas AVAC. Fonte: Mitsidi Projetos
A figura abaixo representa um esquema básico dos componentes principais de um sistema de refrigeração por compressão de vapor, ilustrando também o ciclo termodinâmico.
Componentes principais de um sistema de refrigeração por compressão de vapor. Fonte: DOSSAT, R. Princípios de Refrigeracion. México, 1980.
Uma explicação simplificada dos processos pode auxiliar no entendimento do papel da energia no condicionamento de ambientes:
A capacidade do sistema está dada pela retirada de calor no evaporador, e a demanda de energia pelo consumo do compressor.
Nos sistemas de refrigeração por absorção, a remoção do vapor de fluido refrigerante do evaporador é realizada com um conjunto de vasos: absorvedor e gerador, que circulam uma substância capaz de absorver o vapor de fluido refrigerante e sua subsequente separação por condensação. Este conjunto absorvedor-gerador substitui o compressor no ciclo de refrigeração.
Sistemas de refrigeração por absorção. Fonte: Adaptado de MARTINS, A. Projeto de um Sistema para Produção de Energia Elétrica e Aquecimento/Resfriamento Residencial Utilizando Turbina a Gás. USP, 2006.
A vantagem de sistemas de absorção é que pode operar com energia de baixa qualidade termodinâmica, como vapor de exaustão e água quente pressurizada, por isso são utilizados em aplicações de cogeração. Também podem operar com queima direta de gás, em aplicações em que a tarifa de gás é vantajosa. No caso de hotéis, por exemplo, unidades de geração com motores a gás podem operar em ciclo combinado com chillers de absorção que aproveitem gases de exaustão e/ou água quente de refrigeração dos blocos dos motores.
Em alguns casos, os ambientes concentram altos teores de gases contaminantes que podem afetar a saúde dos ocupantes, como por exemplo Monóxido de carbono (CO) em estacionamentos e dióxido de carbono em locais de trabalho.
Segundo recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA (resolução nº 176 de 2000), o indicador de renovação de ar externo, recomendado para conforto e bem estar é de <= 1000 ppm de dióxido de carbono (CO2). A taxa de renovação de ar mínima para ambientes climatizados é de 27m³/hora/pessoa.
Para calcular o dimensionamento do sistema de renovação de ar é necessário consultar as normas NBR 16.401-3 Qualidade do ar interior e a ASHRAE 62.1.
No caso de Sistemas Split, que não contam com sistemas próprios de renovação de ar, deve ser avaliado se um sistema dedicado de renovação é necessário segundo as diretrizes e recomendações das Normas supracitadas.
De acordo com a Lei 13.589 de 4 de janeiro de 2018, todos os edifícios de uso público e coletivo são obrigados a fazer a manutenção periódica dos seus sistemas de ar condicionado, dispondo de um Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC). O PMOC também deve estar de acordo com as resoluções da ANVISA RE 9/2003 e normas da ABNT.
Os edifícios existentes têm o prazo de 180 dias para se adequarem à lei.
A norma ABNT NBR 5674 Manutenção de Edificações, estabelece os requisitos para a gestão do sistema de manutenção, o PMOC deve fazer parte do Programa de Manutenção da edificação.
É a quantidade de energia que precisa ser adicionada ou retirada de um ambiente para manter o equilíbrio de temperatura (calor sensível) e de umidade (calor latente) para conforto dos ocupantes. É composta principalmente pelas cargas internas e externas.
Cargas internas
Calor gerado internamente e transferido para o ambiente
Cargas externas
Transferência de calor através da envoltória
Sistemas passivos, reduzem a demanda de energia ou conseguem que o calor seja transferido naturalmente.
Sistemas ativos, movimentam calor e umidade utilizando gás ou eletricidade. A quantidade e tipo de energia demandada depende do tipo de sistema e sua eficiência.
Aproveitamento da diferença de temperatura entre as correntes de ar de retorno e ar insuflado em ambiente com sistemas de condicionamento dotados. Em casos em que há aquecimento terminal, por exemplo elétrico ou a gás, é interessante pre-aquecer o ar à montante do aquecedor através de um trocador de calor. Desta forma captura-se uma parte do calor do ar que é exaurido para renovação e reduz a demanda de energia elétrica, como se observa na figura.
O conceito é válido tanto para resfriamento quanto para aquecimento, sempre que a diferença de temperatura e vazões sejam significativas.
Comparação entre sistemas com e sem recuperação de calor
Fonte: Adaptado de Autodesk, por Eólica (Acesso em 26/06/2018)
Influência no consumo ou relevância em casa, prédio e condomínio: em média aprox. 20% do consumo elétrico é de ar condicionado.
Selecione até dois tipos de equipamento para comparação e clique no botão COMPARAR.
MODALIDADES
Refrigeração e Aquecimento
Refrigeração e Aquecimento
Refrigeração
Refrigeração e Aquecimento
Refrigeração e Aquecimento
Refrigeração e Aquecimento
O QUE É
Equipamento compacto que possui o compressor,
condensadora e evaporadora no mesmo gabinete.
Rooftop é um sistema de refrigeração dutado, com a condensadora e compressores em equipamentos em áreas externas. São feitos, normalmente, de aço galvanizado e podem ser instalados à céu aberto. Adequado para ambientes amplos, com pouca divisão de espaços internos, como galpões, armazéns, etc.
Self contained é um sistema compacto que possui todos os componentes em um único equipamento. Pode ser dutado ou com insuflamento direto, e com resfriamento a ar ou água.
Do termo inglês, Variable Refrigerant Flow, traduzindo Fluído Refrigerante Variável.
É um sistema de ar condicionado central composto por condensadoras (unidades externas) ligada à várias evaporadoras (unidades internas) por um único circuito de refrigeração, com a capacidade de controlar o fluxo de fluído refrigerante de acordo com a necessidade.
Existem 2 tipos principais de sistema de condensação (rejeição de calor) para VRF: à água ou ar.
Atualmente, além do VRF elétrico convencional, existe também uma nova opção de VRF à gás natural, conhecido como GHP (Gas Heat Pump). Nessa tecnologia, ao invés do motor elétrico, usa-se um motor movido à gás.
A transferência de calor pode ser feita através de métodos de compressão do vapor, absorção ou processos químicos e a fonte de calor pode ser um rejeito térmico (gás de exaustão, água quente) ou uma fonte natural (ar externo, corpos de água e geotermia).
É uma tecnologia com alto grau de adaptação à disponibilidade e a demanda. Existem aplicações com múltiplas unidades atendendo zonas ou ambientes em circuito fechado de distribuição de água (comum em edifícios comerciais), aplicações residenciais com uma única unidade e aplicações industriais com ciclos modificados de vapor, gases e efluentes.
Os tipos de sistemas se classificam segundo a fonte, meio de rejeição de calor, fluido de distribuição, ciclo termodinâmico, estrutura do edifício, tamanho e configuração (vertical ou horizontal). Alguns dos modelos mais utilizados são:
Capacidade de refrigeração
5.500 a 12.000 BTU/h (0,45 a 1TR)
7.000 a 60.000 BTU/h (0,58 a 5TR)
120.000 a 360.000 BTU/h (10 a 30 TR)
120.000 a 480.000 BTU/h (10 a 40 TR)
Chiller a ar: 1.800.000 a 4.800.000 BTU/h (150 a 400 TR)
Chiller a água: 1.800.000 a 48.000.000 BTU/h (150 a 4000 TR)
Unidades a ar: 1,4 a 28 TR
Unidades com VRF: 0,5 a 8,5 TR
Unidades a água: 8 a 35 TR
Unidades com VRF: 2 TR a 12.5 kTR
Faixas usuais de Coeficiente de performance - COP (W/W) nominal do compressor
2,3 a 3,03
2,6 a 3,23
2,5 a 2,8
VRF a ar: 3,1 a 3,4
VRF a água: 3,5 a 4,5
Chiller a ar: 2,9 a 4,1
Chiller a água: 5 a 7,0
3,5 a 5
Como escolher um equipamento eficiente? Quais são as boas práticas para um projeto eficiente?
Como fazer um uso eficiente?
Custo de investimento
(Baixo)
(Baixo)
VANTAGENS
VRF à gás natural:
DESVANTAGENS
VRF à gás natural:
TIPOLOGIAS APLICÁVEIS (MAIS UTILIZADAS)
Segundo o Zoneamento bioclimático 7,2% do Brasil precisa de aquecimento ativo durante o ano, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Para fazer a comparação entre os tipos de equipamento desejados, selecione e clique em COMPARAR.
MODALIDADES
Aquecimento
Aquecimento
Aquecimento
O QUE É
Equipamento de aquecimento elétrico portátil. Podem aquecer através de sistemas:
Aquecimento através da queima de lenha e/ou carvão vegetal em fornos ou lareiras. Deve ser utilizado nas regiões onde há disponibilidade desses materiais. Outra opção é usar os pellets de madeira, que são biocombustíveis sólidos feitos a partir de serragem, maravalha de madeira, bagaço da cana-de-açúcar, entre outros. É possível também fazer biodigestão de resíduos orgânicos para produzir biogás, que pode ser utilizado para cocção e aquecimento de água.
Como escolher um equipamento eficiente? Ou fazer um projeto eficiente?
Como fazer um uso eficiente?
Custo de investimento
(Baixo)
VANTAGENS
DESVANTAGENS
CUSTO DE INVESTIMENTO
(Médio)
O que é? Como funciona?
Uma roda entálpica é composta de uma roda que gira com fluxos cruzados de ar de expurgo e ar externo. O ar de expurgo de edifício (geralmente seco e a temperatura ambiental ideal, relativamente ao ar externo) passa através da roda, assim “resfriando-a”. O fluxo de ar externo que irá ser condicionado, e insuflado no ambiente (que geralmente está quente e úmido), também passa pela roda, assim está efetivamente resfriado e desumidificado. Isso resulta em uma carga de resfriamento e/ou desumidificação reduzida, ou eliminada.
Assim, evita que o ar de retorno do edifício seja descartado sem ter aproveitado do fato que ele está em uma temperatura mais baixa que o ar externo, que por sua vez, deve ser resfriado.
Esse sistema apenas irá trazer economias de energia quando as condições do ar interno e externo estão favoráveis a serem aproveitadas: ou seja, quando o ar externo é quente e úmido em relação ao ar interno. Se o ar externo for mais frio e/ou mais seco que o ar interno, o uso da roda irá aumentar o consumo energética do sistema, já que deveria ser aproveitado o “frio” do ar externo para evitar de resfriar com o sistema de ar condicionado. É preciso ter um controle de operação da roda adequado para evitar que a roda opere quando as condições são desfavoráveis.
Quais são as opções e como escolher?
A roda entálpica deverá ser dimensionada conforme as condições anuais de temperatura e umidade relativa, e as cargas internas previstas. Dependendo da potência da roda e das condições climáticas externas, haverá um setpoint de temperatura e umidade relativa externa que definirá se a roda deveria operar ou não.
O custo-benefício de incluir uma roda entálpica no seu sistema deve ser analisado por uma simulação energética anual, a fim de garantir que o clima proporciona uma grande quantidade de horas favoráveis à operação do sistema. O comissionamento do sistema junto ao sistema de controle, e outros equipamentos de AVAC será muito importante.
Como escolher um equipamento eficiente?
A eficiência de uma roda entálpica depende principalmente do seu dimensionamento e a sua programação de operação. Dependendo da potência da roda e das condições climáticas externas, haverá um setpoint de temperatura e umidade relativa externa que definirá se a roda deveria operar ou não.
O outro fator importante na escolha da roda entálpica é a potência do motor que faz a roda girar. Deve ser escolhido um com Nível A do Inmetro.
Rodas entálpicas podem ser usadas tanto em modo de resfriamento quanto em modo de aquecimento.
Como fazer um uso eficiente?
Deve ser integrado com uma lógica de controle robusta:
Custo de operação
Reduz a carga térmica e, portanto, o custo de operação do sistema de condicionamento.
Quando é recomendável?
Recomendável quando o clima local é quente e úmido, e que tem demanda de controle de umidade no ambiente interno. Melhor quando integrado em um sistema DOAS, dedicado ao ar externo.
Vantagens
Desvantagens
Tipologias aplicáveis
CUSTO DE INVESTIMENTO
(Baixo)
O que é? Como funciona?
Um recuperador de calor, ou “trocador” de calor é um elemento que permite que o fluxo de ar de expurgo (menos quente que o ar externo) resfrie o ar externo. Isso é feito pela passagem de ar de expurgo através de uma quantidade de placas finas metálicas, assim resfriando-as. O ar externo também está em contato com essas placas metálicas, portanto é resfriado sem que haja mistura dos dois fluxos de ar.
Assim o ar externo é pré-resfriado, e a carga de resfriamento é reduzida, ou eliminada.
Na prática, é uma caixa na qual os dois dutos de ar (externo e de expurgo) entram, há um trocador de calor composto por placas finas metálicas, e saiam os dutos, com o ar externo agora em uma temperatura mais baixa que a de entrada na caixa, e o ar de expurgo em uma temperatura mais elevada.
Quais são as opções e como escolher?
As variáveis entre os diferentes tipos de recuperadores são a eficiência da troca de calor (pela quantidade de placas no trocador) e o tamanho (que depende do fluxo de ar de insuflamento e de retorno).
Como escolher um equipamento eficiente?
O que afeta a eficiência do trocador de calor é a quantidade de placas, que são as superfícies pelas quais é transferido o calor.
Uma eficiência média da troca de calor possíveis com esses tipos de recuperadores é de 70%.
Recuperadores de calor podem ser usados tanto em modo de resfriamento quanto em modo de aquecimento.
Como fazer um uso eficiente?
Deve ser integrado com uma lógica de controle robusta:
Custo de operação
Não há custo adicional de operação direto. Haverá um aumento marginal do consumo dos ventiladores, pelo aumento das perdas de carga no sistema de distribuição de ar, porém é baixo comparado às economias.
Quando é recomendável?
Sempre recomendável quando há um sistema centralizado e dutado de renovação de ar, por exemplo um DOAS, para aproveitar dos momentos em que a temperatura externa está mais alta que a temperatura de expurgo.
Vantagens
Desvantagens
Tipologias aplicáveis
CUSTO DE INVESTIMENTO
(Médio)
O que é? Como funciona?
Em um sistema central de água gelada com tanques de termoacumulação, é possível operar os chillers durante a noite, por exemplo, onde a tarifa de eletricidade é menor. Assim, a água gelada produzida pelos chillers é armazenada em reservatórios, e circulada durante o dia aos fancoils para distribuição nos ambientes. Também é possível usar os tanques de termoacumulação para desligar os chillers no horário de ponta, onde a eletricidade é mais cara.
Com tanques de termoacumulação, também é possível usar para atender demandas de pico de calor. Ao invés de aumentar a quantidade de chillers para atender os picos de calor (dos quais há relativamente poucas horas), pode ser usada a estratégia descrita acima (uso de água gelada produzida durante a noite) com os chillers também usados durante o dia.
Uma outra aplicação de tanques de termoacumulação é para reduzir o pico de demanda elétrica no edifício. Operando os chillers à noite, o pico de demanda associado a eles não está adicionado ao pico de demanda pelos outros sistemas, que geralmente aconteça durante o dia. Assim, reduz o risco de ultrapassagem da demanda contratada.
Quais são as opções e como escolher?
Tanques de termoacumulação nada mais são reservatórios para armazenamento de água gelada. Portanto, devem ter um bom isolamento térmico para manter a temperatura desejada.
O dimensionamento deve ser feito conforme a estratégia de uso: por exemplo, se for para poder operar os chillers apenas de noite, devem ser dimensionados para caber o volume de água gelada demandado pelo edifício em um dia. Se for para poder desligar os chillers durante o horário de ponta, devem ser dimensionados para caber o volume de água gelada demandado pelo edifício durante o horário de ponta.
Como escolher um equipamento eficiente?
As principais características que afetarão a eficiência do sistema é o isolamento do reservatório (quanto mais, melhor), e o tamanho dos tanques. Quanto maior a área do tanque, maior o ganho de calor da água armazenada. Portanto, se o tanque for superdimensionado em relação à demanda, haverá perda desnecessária de frio.
Como fazer um uso eficiente?
Deve ser integrado com uma lógica de controle robusta e flexível:
Custo de operação
Não há custo adicional de operação. Pode reduzir o custo de operação, por permitir os chillers operarem nos horários onde a eletricidade está mais barata.
Quando é recomendável?
Sempre irá reduzir o custo de operação de um sistema central de água gelada. Portanto, recomendável quando há o espaço para a instalação.
Vantagens
Desvantagens
Tipologias aplicáveis
CUSTO DE INVESTIMENTO
(Alto)
O que é? Como funciona?
Em um sistema com vigas frias, água “fria” é circulada pelo forro, em serpentinas. O ar primário, pré-tratado por um DOAS, passa pela serpentina de água fria, e é insuflada no ambiente. Além disso, há um difusor pelo qual ar de retorno do ambiente é puxado e entra em contato com a viga fria, sendo resfriado, assim retirando o calor sensível produzido no ambiente pelos equipamentos e pessoas.
O fato que a temperatura da água pode estar mais alta do que em um sistema de água gelada convencional significa uma economia de energia dos chillers. Esse sistema também permite que os dutos para distribuição do ar fiquem menores.
Haverá condensação na superfície da viga quando a temperatura da viga for menor que a temperatura de orvalho do ar do ambiente. A temperatura de orvalho do ar do ambiente depende da umidade relativa e da umidade absoluta. Portanto, é preciso ter um bom controle de umidade do ambiente (por exemplo, não ser um ambiente com ventilação natural).
Quais são as opções e como escolher?
Deve ser feito um projeto específico para especificação de todas as variáveis do sistema.
Como escolher um equipamento eficiente?
As principais características que afetarão a eficiência do sistema é o isolamento do reservatório (quanto mais, melhor), e o tamanho dos tanques. A viga fria deverá ser escolhida e dimensionada conforme o volume de ar primário (o volume de ar insuflado pelo DOAS). A temperatura de circulação da água gelada deverá ser definida conforme o fluxo de ar primário. É preciso fazer um projeto técnico para definição de todas as variáveis e especificações.
Como fazer um uso eficiente?
É preciso ter controle rigoroso da temperatura e umidade interna a fim de evitar condensação nas vigas. É importante lembrar que não se deve deixar entrar ar externo descontroladamente, ou seja, essa estratégia não pode ser usada com ventilação natural. Para melhor desempenho, deve ser integrado com um sistema de DOAS, já que o DOAS permite um bom controle do ar interno.
Custo de operação
Se tiver DOAS, custo operacional adicional é de circulação de água, que é relativamente baixo. O sistema permite a instalação de dutos menores, assim economizando na energia gasta em ventiladores.
Quando é recomendável?
Quando há um sistema central de água gelada e DOAS, sem ventilação natural.
Vantagens
Desvantagens
Tipologias aplicáveis
CUSTO DE INVESTIMENTO
(Alto)
O que é? Como funciona?
Com uma temperatura mais baixa nas superfícies, o usuário tem uma sensação térmica mais baixa que a temperatura do ar. Isso é porque o corpo humano consegue trocar calor com superfícies frias por radiação.
O sistema consiste em uma serpentina de água “fria” (em até 20ºC) embutida no forro, na própria laje, ou no piso.
Esse sistema retira os ganhos de calor sensíveis, porém haverá necessidade de um sistema separado de ventilação que atendará às necessidades de renovação de ar, pré-tratando o ar externo por um DOAS.
É crucial que o ar externo seja pré-tratado para evitar condensação. Haverá condensação na superfície fria se a temperatura de orvalho do ar no ambiente estiver abaixo da temperatura da superfície.
Quais são as opções e como escolher?
As opções estão entre a superfície fria sendo o forro ou o piso. É importante destacar que as trocas de calor por radiação entre o ocupante e a superfície depende se a superfície sendo descoberta, “em vista” da pessoa. Portanto, se a superfície for obstruída (por exemplo, por painéis acústicos, luminárias ou móveis), a capacidade de refrigeração será reduzida.
Como escolher um equipamento eficiente?
Quanto mais elevada a temperatura de circulação da água, menor o consumo de energia do sistema, porém maior a área de superfície necessária para proporcionar a mesma capacidade de resfriamento. Também quanto mais elevada a temperatura de circulação de água, menos o risco de condensação (ou seja, mais baixa a temperatura de orvalho do ar no ambiente).
Portanto, é necessário fazer um estudo técnico das temperaturas de operação do sistema, junto com uma estratégia de controle e automação robusta.
Como fazer um uso eficiente?
É necessário ter controle rigoroso da temperatura e umidade interna a fim de evitar condensação nas vigas. É importante lembrar que não se deve deixar entrar ar externodescontroladamente, ou seja, essa estratégia não pode ser usada com ventilação natural. Para melhor desempenho, deve ser integrado com um sistema de DOAS, já que o DOAS permite um bom controle do ar interno.
Também é preciso lembrar de não obstruir áreas das superfícies frias que foram projetadas como sendo expostas.
Custo de operação
O custo de operação deste sistema é baixo, já que permite a operação dos chillers com uma temperatura de água gelada mais elevada. O custo adicional desta tecnologia é nas bombas de circulação de água pelas serpentinas, porém é relativamente baixo.
Quando é recomendável?
Quando há um sistema central de água gelada e DOAS, sem ventilação natural.
Vantagens
Desvantagens
Tipologias aplicáveis
CUSTO DE INVESTIMENTO
(Alto)
O que é? Como funciona?
A forma mais comum de se aplicar esta tecnologia é por “captação vertical”, onde um fluido refrigerante (por exemplo glycol) é circulado em circuitos fechados em até 80-150m de profundidade.
Com bomba de calor:
No verão, quando o solo se encontra em uma temperatura mais baixa que a temperatura ambiente, o sistema se usa com uma bomba de calor pela qual o fluído transfere o calor do ambiente para o solo por evaporação através de uma unidade evaporadora no ambiente (parecida com uma unidade interna de um sistema split). Pode também ser transferida para água, para produção de água quente.
Nos momentos em que o solo se encontra em uma temperatura mais alta do que o ambiente (no inverno nos climas mais frios), já a bomba de calor está operada em circuito invertido. O solo serve como fonte de calor, e calor está transferindo ao ambiente.
Sem bomba de calor:
Também é possível circular água pelo circuito no solo, que no verão, será em uma temperatura mais baixa que a temperatura do ambiente. Portanto, a água pode ser circulada pelas serpentinas de um sistema de vigas frias ou superfícies radiantes, proporcionando um resfriamento por radiação.
Quais são as opções e como escolher?
Deve-se realizar uma análise das condições do solo, tanto das caracteristicas geotecnicas quanto da capacidade de rejeição de calor permitida. Rejeição de calor no solo pode afetar o ecosystema, portanto geralmente haverá limites das vazões permitidas e capacidades de rejeição de calor que deverão ser respeitadas.
A decisão de usar uma bomba de calor dependerá das demandas de calefação e de água do edifício. É custo beneficio da instalação será mais interessante pela possibilidade de inverter o ciclo para produzir frio e calor.
Para instalações onde o edifício não há demanda de calefação ou demanda significativa de água quente, o uso da água resfriada pelo solo pode ser mais interessante, por ser significativamente mais barato, particularmente se tiver um sistema de vigas frias ou superfícies radiantes.
Como escolher um equipamento eficiente?
Essa tecnologia precisa de diversos estudos de viabilidade, por depender muito em condições locais, e da integração com os outros sistemas.
Como fazer um uso eficiente?
O projeto do sistema pode ser complexo, portanto será crucial ter um bom comissionamento do sistema para garantir que esteja entregue conforme previsto, e que o usuário do edifício saiba como operar.
Custo de operação
Quando é recomendável?
Recomendável quando há espaço para realizar os furos subterrâneos, demandas de calefação e/ou água quente, ou quando há sistemas de vigas frias ou superfícies frias.
Vantagens
Disvantagens
Tipologias aplicáveis
Em 2001, como resultado Do período de racionamento de energia no país, foi criada a Lei de Eficiência Energética (nº 10.925), que determinou os níveis mínimos de eficiência energética (ou máximo de consumo) de máquinas e aparelhos que consomem energia (elétrica, derivados do petróleo ou outros insumos) fabricados e comercializados no país.
A execução dessa legislação é realizada pelo Comitê Gestor de Indicadores de Eficiência Energética – CGIEE (Decreto nº 4.059/2001), composto por membros representantes de diversas instituições e da sociedade civil:
Equipamentos regulamentados (até 2017) pelo CGIEE
Fonte: INMETRO
Selos e etiquetas resultantes da regulamentação de cada equipamento
Fonte: Procel
A Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), emitida pelo INMETRO, classifica os aparelhos no nível de eficiência de “A” (mais eficiente) a “E” (menos eficiente). Os equipamentos etiquetados da ENCE podem ser consutado em seu site.
Observação: os sistemas de ar
condicionado e iluminação são
tratados separadamente.
Definição
Salas de TI, Central de Processamento de Dados (CPDs) ou Data centers são locais onde ficam os sistemas computacionais da edificação, como armazenamento de dados dos servidores, telecomunicações, entre outros.
No-breaks, UPS (Uninterrutible Power Supply) ou fonte de alimentação ininterrupta, são sistemas de fornecimento de energia elétrica secundários, compostos por baterias, que protegem e suportam a carga elétrica de computadores e redes em caso de queda de energia elétrica. O tempo estimado de duração das baterias é de 10 a 15 minutos, o suficiente para as pessoas salvarem seus documentos e desligarem o computador ou acionar um gerador de energia.
CUSTO DE INVESTIMENTO
(Alto)
Como comprar um equipamento eficiente? Como fazer um projeto eficiente?
Como fazer um uso eficiente?
Definição
Sistemas de transporte vertical obrigatório para edificações com mais de 5 pavimentos.
Existem várias tecnologias disponíveis para elevadores:
CUSTO DE INVESTIMENTO
(Alto)
Como comprar um equipamento eficiente? Como fazer um projeto eficiente?
Como fazer um uso eficiente?
Definição
Bombas de água, bombas de recalque e motores elétricos
CUSTO DE INVESTIMENTO
(Médio)
Como comprar um equipamento eficiente?
Como fazer um projeto eficiente?
COMO FAZER UM USO EFICIENTE?
Definição
Computadores, monitores, impressoras e ventiladores (piso, teto e parede)
CUSTO DE INVESTIMENTO
(Baixo)
Como comprar um equipamento eficiente?
Como fazer um projeto eficiente?
COMO FAZER UM USO EFICIENTE?
Definição
Geladeiras, freezers, microondas, fogões e fornos.
CUSTO DE INVESTIMENTO
(Baixo)
Como comprar um equipamento eficiente?
Como fazer um projeto eficiente?
COMO FAZER UM USO EFICIENTE?
Definição
Televisões, máquina de lavar e secar roupa, som, ferro de passar.
CUSTO DE INVESTIMENTO
(Baixo)
Representatividade no consumo
Equipamentos elétricos representam cerca de 15% do consumo de energia.
Como comprar um equipamento eficiente?
Como fazer um projeto eficiente?
COMO FAZER UM USO EFICIENTE?
Definição
Televisões, máquina de lavar e secar roupa, som, ferro de passar.
CUSTO DE INVESTIMENTO
(Baixo)
Representatividade no consumo
Equipamentos elétricos representam cerca de 15% do consumo de energia.
Como comprar um equipamento eficiente?
Como fazer um projeto eficiente?
COMO FAZER UM USO EFICIENTE?
TIPOLOGIAS APLICÁVEIS
Definição
Chuveiro elétrico e a gás
CUSTO DE INVESTIMENTO
(Baixo)
Como comprar um equipamento eficiente?
Como fazer um projeto eficiente?
COMO FAZER UM USO EFICIENTE?
REPRESENTATIVIDADE NO CONSUMO
Residências: chuveiros elétricos representam cerca de 25% do consumo de energia
Definição
Piscinas frias e aquecidas
CUSTO DE INVESTIMENTO
(Médio)
Como comprar um equipamento eficiente?
Como fazer um projeto eficiente?
COMO FAZER UM USO EFICIENTE?
Definição
Saunas seca e à vapor
CUSTO DE INVESTIMENTO
(Médio)
Como comprar um equipamento eficiente?
Como fazer um projeto eficiente?
COMO FAZER UM USO EFICIENTE?
A instrumentação permite medir, registrar e converter diversos dados em ações de controle, o que torna um sistema ou processo mais previsível e auxilia nas tomadas de decisões. Para exemplificar, mede-se a temperatura corporal de um indivíduo, se a mesma estiver fora do padrão, significa que há algo errado e é necessária uma tomada de decisão para tratar esse problema. O mesmo se aplica para uma máquina, uma residência ou um edifício, se as medidas estão fora dos valores permissíveis é necessário investigar o porquê e corrigir para manter seu bom desempenho.
De maneira geral os instrumentos mensuram características físicas, como fluxo, pressão, temperatura, vazão, velocidade, peso, umidade, distância e ponto de orvalho, características químicas (como pH e condutividade) e variáveis elétricas como tensão, corrente, fator de potência, fases elétricas, frequência e qualidade de energia.
O Controle está relacionado com a ação a ser tomada para atingir um padrão preestabelecido, por isso é necessário a integração entre instrumentos e controle, onde os instrumentos analisam o sistema e o controle gerencia, comanda, direciona ou regula o comportamento dos equipamentos.
A instrumentação e o controle possibilitam a operação mais eficiente de sistemas e processos. Isso ocorre porque o tempo de resposta é menor, ou seja, existe uma reação mais rápida quando há um diferencial entre o valor medido e o valor de referência, e os erros humanos são eliminados, como a dificuldade em atingir o setpoint de condicionamento do ar manualmente, deixando por vezes o ar condicionando operando a uma temperatura menor ou por mais tempo do que o devido, o que acarreta em um consumo de energia acima do necessário.
Com a instrumentação e o controle, a manutenção de equipamentos sempre ocorre em tempo hábil, isso devido aos diagnósticos avançados que podem ser programados no sistema supervisório e a criação de medidas visando o uso adequado do equipamento.
Garantir que seja consumida somente a energia necessária e utilizar serviços de monitoramento e manutenção para assegurar a integridade e as melhorias desejadas, são medidas que resultam em economia significativa de energia.
EQUIPAMENTOS OU SISTEMAS
VARÍAVEIS
Elementos da envoltória
Variáveis
Objetivo do controle
Sistema AVAC
Iluminação
EQUIPAMENTOS OU SISTEMAS
VARÍAVEIS
Objetivo do controle
Elevadores e esteiras rolantes
Cargas de tomada
Cargas especiais
O controle e automação em edifícios reduz o consumo de energia e o custo operacional da planta, além disso, proporciona maior conforto para os ocupantes resultando em maior produtividade. A automação pode integrar os sistemas de condicionamento de ar, iluminação, controle de acesso, prevenção de incêndio, elevadores e circuito interno de televisão.
Atualmente existem diversas empresas especializadas em sistemas de controle e automação de edifícios, além de uma grande gama de medidores inteligentes que comunicam entre si e fornecem medidas de alta precisão. O que mostra um mercado preparado para atender toda a demanda de instalação, operação e manutenção desses sistemas. Além disso, a economia financeira, a confiabilidade, o conforto e a segurança que o controle e automação de edifício fornece, confirmam a necessidade de implantação desses sistemas nos dias atuais.
O desenvolvimento de sistemas automatizados conectados a servidores em nuvem, tem permitido aprimorar a coleta de informações e a análise sistemática dos sistemas para operação e manutenção otimizadas.
O sistema de gerenciamento de edifício (BMS – Building Management Systems) controla o fluxo luminoso conforme a quantidade de luz externa e liga ou desliga o sistema de iluminação de acordo com a presença de pessoas no ambiente monitorado. O mesmo vale para o sistema de condicionamento de ar.
Como falhas não se resumem apenas a parada de um sistema ou operação, muitas vezes uma máquina ou equipamento opera com desvios das especificações, ou seja, apresenta um comportamento divergente do esperado, o que simboliza uma falha que nem sempre é perceptiva.
Através do BMS (Building Management Systems) é possível definir alarmes para anormalidades, falhas na operação de um equipamento e para avisar que é hora da manutenção preventiva programadas, de forma a aumentar a confiabilidade do sistema e garantir máxima eficiência nos processos monitorizados.
Os sistemas AVAC são sistemas de grande consumo de energia (da ordem de 39% a 50%). A eficiência energética nesses sistemas através de controle e automação é uma escolha que traz muitos ganhos, seja por motivo de impacto ambiental, econômico ou operacional.
A automação é fundamental para obter ganhos de eficiência, já que mantem os sistemas AVAC operando em plena capacidade com o menor gasto energético, seja através de programação horária, controle integrado de equipamentos e sistemas da envoltória.
O diagrama abaixo apresenta um sistema de gerenciamento de edifício (BMS – Building Management System) monitorando e medindo grandezas com o auxílio de alguns elementos, com termostatos, sensores e medidor de energia. Os valores mensurados são comparados à valores de referência, e se houver divergência, o BMS através de ações de controle, gerencia o funcionamento de dispositivos, como válvulas, variados de frequência e dimmers para atingir os setpoints.
BMS (Building Management Systems)
Sistema de volume de ar variável(VAV)
Um sistema de gestão de edifícios (Building Management System) é um sistema de controle e monitoramento que pode ser utilizado para visualizar e gerenciar os serviços mecânicos, elétricos e eletromecânicos em uma instalação. Esses serviços incluem energia, AVAC, bombeamento de água, elevadores, iluminação, entre outros.
Ao integrar um sistema de AVAC com sensores, controladores e variadores de frequência a um BMS, possibilita que a climatização do edifício seja controlada de forma mais efetiva e eficiente.
A partir de um computador dedicado ao sistema é realizável a programação de controle do clima, com base em dados de entradas e valores de referência. Desta forma o computador consegue supervisionar o estado dos componentes do sistema e obter uma visão geral da climatização do edifício.
A tendência de instrumentar e controlar os edifícios para uma operação mais moderna e automática (Smart Buildings) tem sido acelerada nas últimas décadas pelo desenvolvimento tecnológico de sistemas computacionais e das redes de comunicação.
No entanto, controladores e sistemas de monitoramento podem virar ativos subutilizados se não se explora o potencial de tirar conclusões interessantes e tomar melhores decisões para a operação e a manutenção. Um exemplo de possibilidades e ganhos de BMS apresenta-se no diagrama abaixo:
Ganhos com BMS e SGE
Fonte: Mitsidi Projetos
Termostatos são dispositivos eletrônicos compostos por um sensor de temperatura e um controlador. A função do termostato é impedir que a temperatura de um determinado sistema varie além de um valor preestabelecido.
Os termostatos de temperatura e umidade buscam comparar os valores instantâneos dos ambientes que se deseja climatizar, com valores de referência, quando há uma diferença entre esses valores, real e referencial, o controlador atua de forma garantir que o setpoint de temperatura e umidade sejam atingidos.
Variadores de frequência ou inversores de frequência são dispositivos eletrônicos capazes de acionar um motor elétrico e controlar sua frequência e a tensão de alimentação simultaneamente, permitindo o controle da velocidade de giro e potência. Isto é útil considerando que os sistemas nem sempre demandam de 100% da potência dos motores.
O emprego dos variadores de frequência nos sistemas de AVAC pode ser comparado ao dimmer no acionamento de uma lâmpada. O dimmer possibilita controlar a intensidade da lâmpada para diferentes necessidades e aplicações, produzindo uma economia de energia elétrica.
Com o inversor de frequência, conectado a sensores, é possível controlar o fluxo do sistema de AVAC para que o mesmo funcione com a potência mínima necessária, ou seja, abaixo da sua capacidade total, para atender a uma demanda instantânea.
Reduz o consumo e os custos de energia
O inversor de frequência permite ajustar a velocidade do motor do equipamento com a carga, então se a carga requer uma potência abaixo da máxima do equipamento o mesmo não precisa funcionar à plena carga. Como o consumo de energia é a potência exigida multiplicada por um intervalo de tempo, se o equipamento funciona com uma menor potência no mesmo intervalo de tempo, menor será o seu consumo de energia.
Recomenda-se a instalação de variadores de frequência em motores para bombas e/ou ventiladores com potência maior a 7,5 kW (10HP), com payback menor a um ano.
Os inversores de frequência são amplamente empregados em sistemas de resfriamento em edifícios residenciais, comerciais, shopping e hotéis, isso devido a possibilidade de variar a velocidade dos motores e assim implementar medidas de controle de vazão e de temperatura. Outra utilização recorrente é o controle da velocidade de motores de escadas rolantes e elevadores.
Estende a vida útil dos equipamentos
Os variadores de frequência aumentam a vida útil dos motores elétricos, isso porque evita acionamentos bruscos através de uma rampa de aceleração programável e possui várias proteções, como a proteção contra variação de tensão, picos de energia da rede, sobrecarga e superaquecimento do motor entre outras.
A instalação do inversor de frequência deve ser realizada por profissionais devidamente qualificados, uma instalação inadequada pode trazer graves consequências, como por exemplo, variadores operando em frequências fixas menores do que 35Hz podem danificar e reduzir a vida útil do motor e inversores travados para operarem em 60Hz não resultando em economia de energia.
Recomenda-se a instalação dos variadores de frequência em ambientes abrigados, sendo aconselhável a instalação dentro do quadro de comando da própria máquina ou em um quadro separado construído para o inversor.
Aparelhos que permitem variação dos níveis de iluminação artificial em um dado espaço, de forma a variar o fluxo luminoso das lâmpadas instaladas. Seu uso permite que a intensidade de iluminação seja adaptada conforme a tarefa desempenhada, bem como, conforme complementação à iluminação natural. Seu funcionamento se dá pela variação da potência elétrica das lâmpadas e, por esta razão, seu uso é recomendado em lâmpadas de LED ou eletrônicas.
Constituem ferramentas de automação do sistema de iluminação que operam conforme os níveis de luminosidade do espaço onde se encontram. Ao detectar determinados níveis de iluminância, a fotocélula é capaz de acionar ou interromper o funcionamento de lâmpadas, de forma a evitar o uso desnecessário de iluminação artificial quando os níveis de luz natural são suficientes para que se desempenhem determinadas tarefas.
Referências
FUKUOKA, Rosane; ORTIZ, Hamilton; DOMINICIS, André de. Gestão de energia com Variadores de frequência (VFDs). 2016. Disponível em: < http://mitsidi.com/gestao-de-energia-vfds/?lang=pt-br >. Acesso em: 06 jun. 2018.
NEDER, Neder. Volume de ar variável: estratégias de controle. Engenharia e arquitetura, [S.l.], dez. 2017. Disponível em: < http://www.engenhariaearquitetura.com.br/2017/12/volume-de-ar-variavel-estrategias-de-controle>. Acesso em: 05 jun. 2018.
MONTEIRO, Pedro Miguel da Silva. APLICAÇÃO DE VARIADORES DE VELOCIDADE EM SISTEMAS DE CLIMATIZAÇÃO. 2014. 96 p. Dissertação do Mestrado em Engenharia Eletrotécnica (Mestrado em Engenharia Eletrotécnica – Sistemas Elétricos de Energia) – Instituto superior de engenharia do Porto, Porto – Portugal, 2014. Disponível em:< http://recipp.ipp.pt/bitstream/10400.22/6319/1/DM_PedroMonteiro_2014_MEESE.pdf >. Acesso em: 07 jun. 2018.
Sistema fotovoltaico conectado a rede
Fonte: Fonte Solar
É o aproveitamento da radiação solar para geração de eletricidade. A energia do sol (fótons) movimenta os elétrons do material semicondutor das células fotovoltaicas, produzindo energia elétrica, pelo efeito fotoelétrico. A eletricidade pode ser utilizada instantâneamente (off-grid) ou armazenada em bateria, ou injetada na rede elétrica (on-grid).
No caso de sistemas conectados à rede (on-grid), a eletricidade é convertida de corrente contínua para corrente alternada através dos inversores e então inserida na rede elétrica. A irradiação solar no Brasil é favorável à utilização de energia fotovoltaica e varia de 1.500 a 2.400 kWh/m²/ano.
Para a compra dos componentes, é necessário priorizar a compra de equipamentos nível A do Inmetro.
Principais fatores:
Fatores técnicos:
Mais utilizadas e/ou com maior
potencial de aproveitamento
Estime a viabilidade financeira para instalar um
sistema Fotovoltaico (FV) no seu empreendimento.
Eólica é um sistema de geração de energia elétrica através do vento.
A força do vento gira as pás, conectadas a um eixo, que transfere a energia mecânica para o gerador, produzindo energia elétrica.
A energia elétrica pode ser direcionada para locais de armazenamento e, depois, distribuída na rede.
Nas edificações, é possível fazer micro e minigeradores eólicos com potência de até 75 kW.
Os Estados com maior potencial de geração eólica são: Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia, Sul de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Fatores técnicos:
Para mais informações consulte o site: http://institutoideal.org/guiaeolica/
É o aproveitamento da energia solar para aquecimento de água. Os coletores ou concentradores solares – instalados sobre a cobertura, em locais sem sombreamento e com inclinação de acordo com a latitude local – possuem tubulação, onde a água proveniente de um reservatório, é aquecida a partir da energia do sol. Ela é então armazenada em um reservatório com isolamento térmico, capaz de mantê-la aquecida. Por meio de tubulação de água quente, ela é então encaminhada para os pontos de uso, como torneiras e chuveiros, os quais devem permitir a mistura de água quente e fria, conforme as necessidades de uso.
Figura biomassa
Produção de eletricidade a partir de fontes renováveis em 2000 (TWh). Fonte: IEA. World Energy Outlook (2002.)
É o aproveitamento da energia solar para aquecimento de água. Os coletores ou concentradores solares – instalados sobre a cobertura, em locais sem sombreamento e com inclinação de acordo com a latitude local – possuem tubulação, onde a água proveniente de um reservatório, é aquecida a partir da energia do sol. Ela é então armazenada em um reservatório com isolamento térmico, capaz de mantê-la aquecida. Por meio de tubulação de água quente, ela é então encaminhada para os pontos de uso, como torneiras e chuveiros, os quais devem permitir a mistura de água quente e fria, conforme as necessidades de uso.
Biomassa é toda matéria orgânica de origem animal ou vegetal utilizada para a geração de energia, podendo ser líquida, sólida ou gasosa.
Em edificações, por exemplo hotéis, pode-se utilizar os resíduos sólidos (lixos orgânicos) de cozinhas e restaurantes para produzir biogás, utilizado para cocção, geração de eletricidade ou aquecimento de água em caldeiras. O óleo de cozinha usado também pode ser utilizado para produzir biodiesel.
Em um edifício comercial de escritório e retail, por exemplo, pode-se ter a combustão direta de papéis, papelão e madeira, em caldeiras ou fornos. Nesses casos, é interessante repensar a gestão de resíduos, considerando as possibilidades de reciclagem, logística reversa ou uso como combustível.
Vantagens:
Desvantagens: